Uma coisa é certa. O cascavelense Vagner Souta não foi para Tóquio a passeio. O atleta da canoagem disputou pela segunda vez um Olimpíada. Em 2016, ele remou na categoria K4 1000m no Rio de Janeiro. E agora foi para os Jogos Olímpicos de Tóquio como o único representante da América do Sul na prova do K1 1000m. Isso, por si só, já comprova o grande feito do canoísta do Clube de Regatas Cascavel (CRC). Mas também justifica as imensas dificuldades que ele teria pela frente. Não foi desta vez que a tão desejada medalha olímpica cintilou no peito do atleta. Na prova classificatória no Sea Forest Waterway, Vagner disputou a terceira bateria e terminou com o quinto tempo, avançando para as quartas de final. Na eliminatória, fez uma prova de recuperação em busca das duas vagas para a final, mas terminou na terceira colocação, posição que o deixou de fora da disputa por medalhas.
Vagner lamentou o resultado e disse que não ficou satisfeito com o desempenho em Tóquio. “Como todos já sabem, o caiaque 1.000 metros é prova muito disputada, são muitos países de muita tradição nesse esporte. Eu já sabia que iria lutar com países fortes. Durante minha preparação fiz o que pude, com o que tinha. Não estou não estou satisfeito com isso, não estou satisfeito com o resultado, sempre tento evoluir para cada dia estar melhor e lutando por bons resultados, sempre querendo levar minha bandeira ao topo, mas não podemos baixar a cabeça”, disse.
De qualquer modo, Vagner Souta inseriu no currículo de atletas duas participações em Olimpíadas. E continua sendo como um dos principais nomes do país na canoagem velocidade. Ele já direciona o foco na busca pela vaga em sua terceira Olimpíada e quer marcar presença em Paris, em 2024. Depois de ter remado em águas japonesas, ele vai ter um compromisso 'caseiro' e, no próximo mês, vai remar nas águas do Lago Municipal de Cascavel. O local vai sediar as disputas do Campeonato Brasileiro de Canoagem Velocidade, que será realizado de 23 a 26 de setembro em Cascavel.