A Companhia Tangará estreia, nesta segunda feira (17), o espetáculo “Maní” – montagem voltada ao público infantil onde o folclore e a arte são representados através de números acrobáticos de circo.
A performance de estreia de “Maní” será exclusiva para alunos da Escola Municipal Suely Ideriha, com sessões as 9h30 e às 15h30. Cerca de cem crianças irão até o Barracão Tangará pela manhã, e outras 120 no período da tarde.
Na terça feira (18), o espetáculo terá apresentação aberta ao público, às 19h, e o ingresso é 1kg de alimento não perecível. O Barracão fica localizado na Rua Augusto Severo, 144, Aeroporto.
O espetáculo se vale da história da pequena indígena Maní, que conta a origem de um importante alimento de nosso país e traz ainda algumas figuras populares do imaginário brasileiro.
A lenda é atualizada para potencializar a comunicação com o público e é um convite para ampliar nosso olhar sobre a ancestralidade. A tradição oral permite a existência de diferentes histórias das raízes de nossa cultura e é justamente a diversidade que nos torna um coletivo e nos caracteriza como povo. Essa versão da história é contada no formato de circo pela trupe Tangará.
Segundo a coordenadora de produção do espetáculo e membro da trupe, Juliana Tangará, a proposta do projeto é manter a pesquisa criativa do grupo, resultando em um espetáculo em torno dos mitos e lendas do folclore brasileiro. “Quando iniciamos um trabalho, partimos de referências externas, trabalhos desenvolvidos em outros países. Desta vez, optamos por olhar para o Brasil e chegamos ao folclore, valorizando uma cultura nossa tão rica e bela”, comentou.
“Os últimos espetáculos que montamos foram para um público mais aberto e quisemos voltar para um trabalho mais focado no público infantil. Como o tema é folclore, também fizemos um recorte para trabalhar com escolas. As apresentações desta primeira temporada serão todas em escolas da região, em um formato diferente” contou Juliana Tangará.
Boitatá
A montagem de “Maní” partiu da pesquisa do grupo sobre os mitos e lendas da cultura brasileira. O objetivo é contar histórias do folclore e da arte por meio de movimentos acrobáticos, criando um espetáculo em torno das fábulas brasileiras.
“Há mitos e lendas muito interessantes como a do Boitatá, ou Cobra-de-fogo, ser mítico que protege campos e florestas contra os que os incendeiam e destroem. O Boitatá aparece com nomenclaturas diferentes de norte a sul do Brasil. E tanto está ligado ao fogo quanto às águas, onde vive, segundo a lenda. Na imagética popular, o Boitatá aparece como uma cobra de luz, de fogo, que se movimenta ondulando e tudo isso é muito inspirador para compor elementos de um espetáculo circense”, concluiu Juliana Tangará.
Turnê
Depois de Londrina, a Companhia Tangará segue com apresentações por cidades da região. “Maní” poderá ser visto em Maringá (19), Apucarana (21), Ibiporã (25) e Arapongas (28).