Por meio de uma parceria com o King’s College London, da Inglaterra, o Museu Histórico de Londrina, órgão suplementar da UEL, inicia o processo de internacionalização e de expansão das fronteiras físicas. De 28 a 30 de junho, três workshops foram ministrados pelo Museu, de forma remota, e outros dois serão conduzidos pela instituição inglesa nos dias 5 e 15 de julho.
“Nosso Museu agora é conhecido no Reino Unido, França e China”, comemora a diretora do Museu Histórico, Edméia Ribeiro. “Nós também estamos nos inserindo nesse processo de internacionalização, que é um tônica da Universidade”, acrescenta. Ela explica que a ação faz parte de um projeto de engajamento global intitulado “CHaB: Cultural Heritage across Borders” (tradução: Patrimônio Cultural Além das Fronteiras), feito diretamente pelo museu brasileiro com o Departamento de Humanidades Digitais da instituição inglesa.
Segundo Edméia, essa parceria possibilita “democratizar as informações, cada vez mais, e dar continuidade ao trabalho feito anteriormente, para ampliar a visibilidade ao Museu Histórico”. Para a diretora, o projeto vem de encontro com a possibilidade de acesso aos acervos digitais dos museus. Juntamente com a Rede de Informações Museus Paraná, o Museu Histórico utiliza a Plataforma Pergamum Museus, para disponibilização e consulta pública do acervo de forma online. Além disso, desde o início da pandemia, compartilha conteúdo em suas redes sociais e também disponibiliza uma visita virtual pelo prédio histórico.
Segundo Edmeia, existe uma curiosidade e até certo desconhecimento sobre como funciona realmente um museu, seja por parte das universidades e pesquisadores, até população em geral. Ela explica que o trabalho de um museu vai muito além das exposições, confira no áudio.
Workshops
Foi para mostrar o trabalho realizado pelo Museu Histórico de Londrina, que no mês de junho, três workshops foram realizados em parceria com a King’s College London. Estagiários e servidores do Museu ministraram as apresentações e mostraram desde o espaço físico até o processo de conservação.
Foram apresentados, por exemplo, de temas mais teóricos como a função social do espaço museológico, divisões das coleções fotográficas em fotojornalismo e álbuns familiares, e a comunicação museológica em tempos de pandemia, até temas mais práticos como demonstração de higienização e conservação de fotografias.
Em julho, serão duas atividades, ministradas por professoras do King’s College London. No dia 5, o tema será “Curanting Museum Data” (tradução: Curadoria de Dados do Museu) com a Dra. Kristen Schuster. Já no dia 15, Dra. Gabriele Salciute Civiliene fala sobre “Anarchiving Historical Image: From Curation to Creation” (tradução “Anarquivizando” Imagens Históricas: da curadoria à criação).
O projeto se encerra este ano, mas há perspectiva de continuar as atividades. Uma das ações almejadas, segundo Edméia Ribeiro, é a possibilidade de intercâmbio futuro entre as instituições.
(Com Agência UEL)