Os eventos culturais não deixaram de ser realizados em Londrina durante a pandemia da Covid-19, mas a maioria aconteceu de forma remota. O último decreto estadual autorizou a realização de eventos com até 400 pessoas e, na última sexta-feira (6), a Prefeitura de Londrina publicou um decreto que autoriza cinemas e teatros a funcionarem com 50% da capacidade do local.
Mesmo com a boa notícia, os produtores culturais mantêm a cautela. A edição de 2021 Festival de Dança de Londrina, por exemplo, será híbrida. Os cursos serão ministrados de forma virtual e uma apresentação artística ao ar livre prevista para dezembro.
Entre os impedimentos para a realização do festival de forma presencial está a dificuldade de pensar um protocolo de biossegurança que proteja o público, os colaboradores e as companhias de dança. O evento costuma receber 15 grupos por edição e a maioria é de fora de Londrina.
Fazer o controle ficaria difícil. Cada companhia tem de seis a 35 integrantes, além das 25 pessoas que trabalham no evento. O público que assiste também às apresentações é numeroso: uma média de 30 mil por festival.
Os custos também aumentariam, e a realização do festival de dança de forma presencial exigiria a limpeza e desinfecção constante dos locais, o que geraria mais despesas. Por outro lado, o público está limitado a 50% da capacidade, diminuindo os rendimentos com bilheteria.
A edição deste ano do Festival Internacional de Música de Londrina, entre os dias 05 e 11 de dezembro, também será na modalidade híbrida. A grade pedagógica, que terá inscrições a abertas em outubro, será virtual. No ano passado, foram 900 alunos inscritos para cursos nas áreas de música erudita e popular.
A programação artística terá apresentações presenciais e uma delas já foi definida. Será com a Orquestra Sinfônica da Uel e o cantor Ivan Lins. O show será em comemoração aos 87 anos de Londrina.