Um grupo de empresários apresentaram em audiência pública no última segunda-feira (15), na Câmara de Vereadores o projeto “Big Wheel”, uma roda gigante que pretendem implantar na Barra Norte em Balneário Camboriú.
O plenário da Câmara ficou repleto, fato raro em audiências deste tipo. O projeto foi aprovado com unanimidade,sem qualquer manifestação em contrário na hora do voto.
A audiência pública faz parte dos trâmites para aprovação de quaisquer projetos especiais; aqueles que por suas características não estejam previstos nas normas gerais do Plano Diretor.
A “Big Wheel” se inclui nessa categoria porque a proposta é construí-la numa área onde não são permitidas edificações (encosta do morro) e sem vagas de estacionamento.
A aprovação em audiência pública não garante o empreendimento, o projeto precisa ser detalhado e depois analisado pelo Conselho da Cidade e pela Câmara de Vereadores.
A proposta é uma roda gigante com um parque ambiental aberto ao público. A ocupação será menos de 1% da área total do terreno de 37.531 m2.
O investimento anunciado é de R$ 40 milhões e o propósito vender ingressos entre R$ 20,00 e R$ 30,00 o que tornaria a Big Wheel a atração paga mais barata da cidade.
Esse propósito deve ser visto com reservas porque preço é fixado de acordo com a procura. Por exemplo, os empreendedores são donos do museu de cera em Gramado, onde cobram R$ 50,00 o ingresso.
A proposta de uma atração turística sem qualquer vaga de estacionamento é uma inovação às práticas da cidade.
Os empreendedores alegaram que é para incentivar o deslocamento ambientalmente correto, mas a verdade é que eles não têm como construir as vagas sem causar grande impacto ambiental e isso condenaria o empreendimento à reprovação.
O secretário do Planejamento, Edson Kratz, que apenas organiza as audiências públicas, mas não participa da discussão, pensa que a roda gigante oportuniza dois debates interessantes para a cidade: o primeiro é a mobilidade alternativa por falta de estacionamento, um risco que o empreendedor assume e o segundo a possibilidade de “colar” um parque público em cada grande empreendimento que venha a ser feito na cidade.
Resumo:
Empregos que serão criados: 40 diretos e 40 indiretos.
Altura: 65 metros.
Quantidade de cabines: 32.
Capacidade das cabines: 6 a 8 passageiros.
Duração da rotação: 18 minutos.
Funcionamento: o ano todo com horário a definir, podendo ser também atração noturna.
Capacidade máxima de atendimento: 8.000 visitantes por dia.
Estrutura da roda: em aço naval com tratamento anticorrosivo, suporta ventos de até 210km/h.
Ar condicionado nas cabines.
Investimento anunciado: R$ 40 milhões.
Gerador para falta de energia
Wi-Fi em todas as cabines e ao longo do parque.
Iluminação em LED RGB (4.000 cores) sendo possível auxiliar na sinalização de grandes eventos como “outubro rosa”, “novembro azul” e “réveillon”.
Fonte : Jornal Página 3