Esta semana, quem passar pelos arredores do Bosque Central e do Calçadão de Londrina pode se deparar com homens de terno preto dançando pelas ruas. São os integrantes do GRUA – Gentleman de Rua, de São Paulo, que participam da programação especial do FILO – Rumo aos 50 Anos, com apresentações da performance “Corpos de Passagem” nos dias 5 (terça-feira), às 17h30, e 6 de dezembro (quarta-feira), às 11h30.
O GRUA é um grupo de artistas que, desde 2002, desbrava o encontro entre dança e espaços urbanos em um afinado jogo de improviso entre os intérpretes e os fluxos dos locais onde atuam. Dirigido por Jorge Garcia, Willy Helm e Osmar Zampieri, o grupo traz em seu nome e proposta um pensamento sobre a relação com a cidade: são homens gentis que se colocam no espaço urbano, como observadores acompanhando todos os acontecimentos em seu entorno através de suas ações, criando uma dança torrencial, feita de nexos de conexão com o lugar.
O grupo explica que, tal como o equipamento cinematográfico (também chamado grua) permite às câmeras de filmagem se deslocarem com agilidade, varrendo a extensão de cenários em sobrevoo, os grueiros se situam nos espaços de modo sensível e, ao mesmo tempo, implicados.
Fundado por ex-integrantes do Balé da Cidade de São Paulo, o GRUA realiza uma única performance - “Corpos de Passagem” – há muitos anos e se reinventa a cada nova apresentação, alterando integrantes, variando estruturas de jogo, se abrindo às orquestrações do acaso e se relacionando com diferentes espaços. A figura do homem de terno preto permite aos grueiros se confundirem e, ao mesmo tempo, se destacarem da paisagem humana das cidades.
(com N.Com)