Na última terça-feira (13), o Fórum de Londrina (PR) recebeu uma audiência judicial entre a cantora sertaneja Ana Castela e o investidor Agesner Monteiro. A disputa trata de lucros, contratos, direitos autorais e da gestão empresarial da carreira da artista.
Com duração de mais de sete horas, a audiência foi marcada por medidas especiais. A defesa de Ana Castela solicitou que a cantora participasse de forma remota, alegando assédio da imprensa nas proximidades do fórum. A juíza responsável, Dra. Kléia Bortolotti, aceitou o pedido, permitindo a participação semi-presencial. No entanto, negou o requerimento para que o processo tramitasse sob sigilo. Agesner Monteiro participou presencialmente, acompanhado do advogado Dr. Adib Abdouni.
Durante os depoimentos, Ana Castela confirmou que enviou, em dezembro de 2022, uma notificação extrajudicial solicitando a rescisão de contrato com Agesner Monteiro e os empresários Raphael e Rodolfo, responsáveis pela gestão da carreira da cantora. O documento foi encaminhado por um advogado que atualmente representa dois dos citados no processo. Segundo os autos, a composição societária previa 20% de participação para Agesner e 25% para cada um dos outros dois sócios. A defesa do investidor afirma que apenas ele foi retirado da sociedade.
O processo também discute a titularidade de fonogramas, a prestação de contas e o cumprimento de um contrato válido até 2027. A indenização solicitada por Monteiro pode ultrapassar R$ 150 milhões, valor que inclui participação vitalícia nos fonogramas produzidos com o investimento inicial do empresário.
Agesner Monteiro acusa a equipe de Ana Castela e a gravadora AgroPlay de quebra contratual e má-fé na condução da separação. Segundo ele, a exclusão da sociedade foi abrupta e injusta. O investidor afirma ainda que teve papel fundamental na descoberta e no lançamento da carreira da cantora.