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Sífilis: causas, tratamento, diagnóstico e prevenção

19 jul 2019 às 08:48

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano. É causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). A possibilidade de transmissão é maior nos estágios primário e secundário

Essa é uma doença que pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança - durante a gestação ou parto. Por isso, a sífilis é uma infecção que pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também a do bebê. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental.


Como prevenir

Por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível, o uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante para evitar a sífilis. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.


Sintomas

Os sinais e os sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença:

Sífilis primária
• 
Ferida (geralmente única) no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). Aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
• Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.


Sífilis secundária
• 
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
• Podem ocorrer manchas pelo corpo (que geralmente não coçam), incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.

• Podem ocorrer estágios de febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.


Sífilis latente (fase assintomática)

• Não aparecem sinais ou sintomas.

• É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).

• A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.


Sífilis terciária

• Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.

• Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

IMPORTANTE: Uma pessoa pode ter sífilis e não saber. Isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. O não tratamento da sífilis pode levar a várias outras doenças e complicações, inclusive à morte. 


Diagnóstico

O teste rápido de sífilis está disponível nos serviços públicos de saúde. O resultado sai em meia hora. Nos casos de resultado positivo, uma amostra de sangue é encaminhada para teste laboratorial, a título de confirmação do diagnóstico.

Para se chegar a um diagnóstico seguro e correto de sífilis congênita, deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes - incluindo os exames radiológicos e laboratoriais.

IMPORTANTE: Em caso de gestante, devido ao risco de transmissão para o feto, o tratamento deve ser iniciado com apenas o teste positivo (REAGENTE), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.  

Tratamento

O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de casa. Essa é a principal e mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da sífilis. A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante. São critérios de tratamento adequado à gestante:

• Administração de penicilina benzatina
• Início do tratamento até 30 dias antes do parto
• Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis
• Respeito ao intervalo recomendado das doses


Sífilis congênita

É transmitida para a criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, para evitar a transmissão, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual.

Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em três momentos:

 • Primeiro trimestre de gestação
• Terceiro trimestre de gestação
• Momento do parto ou em casos de aborto


A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, mas também durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.

Sífilis congênita - Complicações

• Aborto espontâneo
• Parto prematuro
• Má-formação do feto
• Surdez
• Cegueira;
• Deficiência mental
• Morte ao nascer


Fonte: Ministério da Saúde