Esporte Regional Cascavel

As santas mãos de André Luiz fizeram a diferença

11 mar 2023 às 22:32

O Cascavel está nas semifinais do Campeonato Paranaense. O time teve uma classificação épica. Se bem que o melhor adjetivo par definir essa chegada da Serpente Aurinegra entre os quatro melhores times do Paraná é divino. Tem alguém lá em cima que gosta muito dos principais protagonistas do Cascavel nos dois jogos contra o Coritiba.

No domingo passado, o Cascavel derrotou o Coritiba por 3 a 1 com dois gols de Lucas Coelho. Para os cristãos, o nome Lucas lembra algo? Sim, se trata do terceiro evangelista. Lucas Coelho foi o autor do primeiro gol do Cascavel neste Campeonato Paranaense. Se lesionou. Era reserva e virou titular para se tornar o artilheiro do Cascavel no Estadual com seis gols.

Em razão da vitória no primeiro jogo, o Cascavel nem precisaria de bola na rede no jogo de volta contra o Coritiba, neste sábado (11), no Couto Pereira. Só não poderia sofrer gols. Ou seja, André Luiz precisava brilhar. Não é de hoje que o camisa 1 é ídolo da torcida aurinegra. Desde que chegou ao clube, André Luiz acumula boas atuações. Foi o responsável por garantir vitórias ao Cascavel, como fez contra o Londrina na segunda rodada. André Luiz foi decisivo no primeiro jogo contra o Coxa, no Olímpico, pelas quartas de final. Para o Cascavel avançar às semifinais do Estadual pela terceira vez na história, as redes de André Luiz não poderiam ser alcançadas. E permaneceram intactas graças à atuação impecável do goleiro. O empate em 0 a 0 dentro do Couto Pereira transformou o Cascavel no primeiro semifinalista do Estadual de 2023.

O divino apareceu de novo. Para os cristãos, o nome André lembra alguma coisa? É o nome de um dos apóstolos de Jesus Cristo. André, o irmão de Pedro. André foi o primeiro a ser convidado para seguir Jesus. Talvez não seja por acaso que André Luiz use a camisa 1 e seja responsável por verdadeiros milagres neste Paranaense.



Mas a classificação do Cascavel para as semifinais tem muito a ver com o seu treinador: Luis Carlos Cruz, o homem que tem a cruz no próprio nome. O professor Cruz se apegou à sua fé para conduzir o time para as semifinais. Primeiro, ele teve fé numa equipe desacreditada. Do contrário, não aceitaria a missão de assumir o Cascavel. Ele mesmo fez questão de afirmar que queria ser técnico do Cascavel e se preparou para isso. Mostrou humildade ao reconhecer o trabalho de seu antecessor, Ademir Fesan, que somou onze pontos nas primeiras seis rodadas no Paranaense. Ou seja, deixou o time próximo das quartas de final. O que faltava era ter fé que o time avançaria. Luis Carlos Cruz trouxe essa fé.

Teve fé que o time venceria, mesmo não tendo triunfado nos primeiros três jogos. A vitória do Cascavel sob o comando de Cruz veio só na última rodada.

Classificado para as quartas de final, o professor Cruz pediu o auxílio de todas as religiões, todas as crenças, mas se manteve firme na própria fé. Para superar o Coxa no mata-mata era preciso uma ‘transfiguração’. Ou seja, a palavra encontrada no Evangelho foi para o vestiário do Cascavel. E se transformou em resultado.

Antes do jogo de volta, na Capital do Estado, Luis recorreu às passagens bíblicas mais uma vez. Lembrou do épico embate entre Davi e Golias. Para o treinador do Cascavel, Davi tinha uma estratégia para derrotar seu opositor. E, a partir disso, Luis Carlos Cruz desenvolveu a sua estratégia. Razão e fé lado a lado, que fez o modesto Cascavel derrubar o gigante ‘Golias’, o Coritiba, o atual campeão paranaense, na fase de quartas de final.

A classificação abriu espaço para novas preces. Quem sabe passar pelo próximo adversário, que sairá do jogo entre Operário e Aruko, que se enfrentam neste domingo (12), às 17 horas, em Ponta Grossa. Quem sabe, com a fé realçada, acreditar que o Cascavel pode voltar a decidir o Campeonato Paranaense? A lição que André Luiz e que Luis Carlos Cruz passaram para a torcida é que para Deus nada é impossível.