É impressionante a ligação que a Fórmula Truck tem com o Autódromo Internacional de Cascavel. Foi no circuito cascavelense que a categoria dos ‘brutos’ nasceu. Primeiro como Copa Brasil de Caminhões, uma corrida única que foi marcada por uma tragédia. Porém, na metade dos anos 90, o saudoso Aurélio Félix vislumbrou que era possível fazer uma categoria com caminhões de corrida. Máquinas pesadas e velozes. E assim nasceu a Fórmula Truck, que foi por anos, a categoria mais popular da América do Sul. Mas, em 2017, a Fórmula Truck, como conhecíamos, definhou. Não conseguiu concluir o calendário e, na época, perdeu os principais pilotos, que migraram para a então nova Copa Truck, que se tornou o Campeonato Brasileiro de Caminhões, com temporadas regulares desde então. Sem condições de competir com a Copa Truck, a Fórmula Truck saiu de cena.

Mas Gilberto Hidalgo, hoje gestor da GT Truck, conseguiu resgatar a famosa marcada da Fórmula Truck. É verdade que ele ainda encontra obstáculos, uma herança perversa que foi deixada pela gestora anterior, Neusa Navarro. Hidalgo foi um dos primeiros pilotos da primeira Fórmula Truck. “Meu caminhão foi o quarto do grid”, conta ele. Ou seja, nos primeiros espetáculos da Truck, ele correu ao lado do saudoso Aurélio. Mas depois de quase duas décadas, é ele, Gilberto Hidalgo, que conseguiu fazer a Fórmula Truck renascer das cinzas. No ano passado, já conseguiu organizar uma temporada completa. E agora, ainda mais forte e mais organizada, a Fórmula Truck tem uma temporada com oito etapas. E um grid de 30 caminhões, que na pista do Autódromo Zilmar Beux neste domingo (21). Esta é a terceira etapa do calendário. Este ano, a Truck teve corridas em Guaporé, no dia 12 de março, e em Rivera, no Uruguai, no dia 16 de abril. Ainda este ano, Cascavel receberá mais duas etapas, no mesmo fim de semana. Serão as etapas que irão fechar o calendário, nos dias 02 e 03 de dezembro.