Esporte Regional Cascavel

Campeonato Paranaense: Capital x Interior

12 jan 2023 às 21:11

A partir deste fim de semana, a bola volta a rolar pelo Campeonato Paranaense de futebol. Esta será a 109a edição do Estadual que, no quesito número de conquistas, a vantagem é toda dos representantes da Capital Coritiba. No entanto, em cada novo estadual, os representantes do interior sempre desafiam essa hegemonia. E isso irá ocorrer novamente em 2023. Aliás, a última edição do Paranaense colocou frente a frente na decisão um representante da Capital contra um do interior. No ano passado, o Coritiba  voltou a levantar a taça depois de quatro anos de abstinência ao derrotar o Maringá na final. Na ocasião, o Coxa venceu os dois jogos e se consumou como o maior campeão paranaense com 39 títulos. 

Neste ano, serão apenas dois times de Curitiba no certame. Além do Coxa, também está na disputa o rival Athletico-PR considerado o gigante paranaense nos últimos anos. Isso porque, o Furacão tem ganhando notoriedade por boas campanhas em competições nacionais e internacionais. Em 2018, venceu a Copa Sul-Americana pela primeira vez. No ano seguinte, foi campeão da Copa do Brasil. Já em 2021 veio o bi da Sul-Americana. E no ano passado, o Athletico chegou pela segunda vez na final da Copa Libertadores da América, sendo superado pelo Flamengo. O Rubro-Negro é o segundo maior vencedor do Estadual com 26 conquistas, treze a menos que o rival Coxa. A última conquista do Furacão foi em 2020. O detalhe é que o considerado gigante do Paraná não chegou nem na final do Estadual no dois últimos anos. Em 2021, caiu nas semifinais ao ser eliminado pelo Cascavel. E  no ano passado, caiu nesta mesma fase do torneio justamente para o Coxa. Mesmo com um calendário vasto nesta temporada, novamente classificado para a fase de grupos da Libertadores, o Athletico usará o elenco principal no Estadual, diferente do que fez nos anos anteriores, quando começou o Estadual com um time alternativo e só depois passou a usar os atletas principais. Mas em algumas edições, a diretoria do Rubro-Negro manteve um time alternativo até o fim. Foi assim que venceu as edições de 2018 e 2019 do Paranaense. O Athletico-PR será o responsável pela abertura oficial do Paranasense 2023 e fará o primeiro jogo da competição neste sábado (14). O time visita o Rio Branco, às 16 horas, no Estádio Nelson Medrado Dias, em Paranaguá. 

A Capital perdeu o Paraná Clube, rebaixado no ano passado e que irá disputar a segunda divisão estadual neste ano. Mas podemos considerar o Independente São Joseense, de São José dos Pinhais, já que integra a Região Metropolitana de Curitiba. O Independente irá para o seu segundo Paranaense e será o primeiro adversário do Cascavel. Neste sábado (14), as duas equipes se enfrentam no Estádio Olímpico Regional, às 18h30. No ano passado, o Independente fez boa campanha. Foi o oitavo colocado na fase inicial e caiu nas quartas para o Operário de Ponta Grossa. Por isso, garantiu presença na Série D do Brasileiro neste ano. 





Interior

O Estadual de 2023 terá nove equipes genuinamente do interior. Destas, quem tem mais tradição é o Londrina, que faz parte da elite desde 2012. E também é o representante do interior com mais títulos. O pentacampeonato do Tubarão foi conquistado em 2021, justamente numa final do interior contra o Cascavel. Neste ano, o Londrina será o único representante do Paraná na Série B do Brasileiro. 

Depois do Londrina, a Serpente Aurinegra tem a maior sequência de participações na primeira divisão entre os times do interior. O Cascavel ingressou na elite em 2015 e este ano disputa o Paranaense pela nona vez seguida. A melhor campanha ocorreu em 2021, quando chegou pela primeira vez na final e foi derrotado pelo Londrina nos pênaltis, depois de dois empates. Antes disso, o Cascavel havia alcançado as semifinais em 2020. Já em 2022, a campanha da Serpente Aurinegra ficou abaixo do esperado. O time, então dirigido por Tcheco, foi o quinto colocado na fase inicial. E caiu nas quartas de final ao ser derrotado pelo Maringá nos dois jogos. Com isso, terminou o Paranaense em sétimo lugar, o que lhe rendeu vaga na Série D deste ano. 

Por falar em interior, destaque para outros três times: Maringá, Cianorte e Operário. O Maringá está se consolidando com uma das forças do Paraná. Já tem duas finais no currículo (2014 e 2022). No ano passado, tentou quebrar a supremacia dos times da Capital, mas ficou com o vice-campeonato. Já o Cianorte faz parte da elite desde 2017. Neste período, teve campanhas razoáveis na Copa do Brasil e Série D. Mas ainda lhe falta a presença em uma final do Estadual.

O Operário sempre foi tratado como um dos gigantes do interior. O campeão paranaense de 2015 teve uma sequência de participações na Série B do Brasileiro, mas amargou o rebaixamento no ano passado e terá que disputar a Série C este ano. O fato mudou a formatação da equipe, inclusive para o Estadual. Depois que retornou para a elite estadual, em 2019, não conseguiu mais alcançar a final do Estadual. No ano passado, ensaiou essa chegada fazendo a melhor campanha na primeira fase. Passou pelo Independente São Joseense nas quartas, mas caiu nas semifinais ao ser derrotado pelo Maringá. 




Sudoeste

Novamente, a região sudoeste do Paraná terá um representante na elite estadual. Trata-se do Azuriz de Pato Branco. A Gralha disputou a elite pela primeira vez em 2021 e fez uma campanha surpreendente. Chegou na fase de quartas de final, o que lhe rendeu calendário para o ano passado com presenças na Série D do Brasileiro e na Copa do Brasil. Na competição nacional de mata-mata alcançou a terceira fase.

Mas no Estadual do ano passado, não passou da primeira fase e a meta foi se manter na elite. Mas para 2023, apostou no técnico Tcheco, ex-treinador do Cascavel. Tcheco irá partcipar pela quarta vez seguida do Estadual. Em 2022, comandou o Rio Branco. E nos dois últimos anos foi treinador da Serpente Aurinegra. 


Novidades

O Foz do Iguaçu está de volta à elite estadual. Mas o desempenho no Estadual é uma incógnita e dificilmente irá repetir as campanhas de 2015 e 2018. Em 2015, foi semifinalista do Estadual. E em 2018, chegou nas semifinais do primeiro turno da competição. O Azulão foi rebaixado em 2019 e ficou na última posição do Estadual. Por isso, ficou fora da elite nas últimas três edições. A novidade é o Aruko, de Maringá, que disputa o Paranaense pela primeira vez. 


Litoral

O Rio Branco de Paranaguá segue sendo o representante do litoral na elite. E segue como uma incógnita. Ano após ano, o Leão da Estradinha 'namora' o rebaixamento e se salva. A melhor campanha nos últimos anos foi em 2020, quando chegou nas quartas de final e foi eliminado pelo Cascavel. O Rio Branco disputou a Série D nacional em 2021. 


Fórmula

Neste ano, o Campeonato Paranaense terá a mesma fórmula dos anos anteriores. Os doze times se enfrentam entre si em turno único na fase inicial. Os oito primeiros colocados avançam para as quartas de final e os dois últimos serão rebaixados. O primeiro colocado na fase inicial irá enfrentar o oitavo no mata-mata, o segundo pega o sétimo, o terceiro encara o sexto e o quarto e o quinto colocados fazem o outro confronto. 


PRIMEIRA RODADA

Sábado, 14/01

Rio Branco x Athletico-PR

16h - Nelson Medrado Dias (Paranaguá)

Cascavel x Independente São Joseense

18h30 - Olímpico Regional (Cascavel)

Maringá x Foz do Iguaçu

18h30 - Willie Davids (Maringá)


Domingo, 15/01

Coritiba x Aruko

16h - Couto Pereira (Curitiba)

Londrina x Azuriz

16h - Estádio do Café (Londrina)

Operário x Cianorte

18h30 - Germano Krüger (Ponta Grossa)