Na nota publicada no grupo de imprensa do Cascavel após mais um empate em 0 a 0 pela Série D do Campeonato Brasileiro, desta vez com o Novo Hamburgo, no Estádio do Vale, consta o seguinte: “a classificação ainda não está descartada”. Ela corrobora com o discurso da diretoria após o empate sem gols com o Brasil de Pelotas, que pediu paciência e confiança para a torcida. Naquela ocasião, o presidente havia feito a seguinte conta: uma vitória deixaria o Grupo A8 embolado. Só que a vitória não veio pela nona rodada da Série D neste domingo (16), no Rio Grande do Sul. O time chegou ao oitavo jogo sem vitória na competição. E agora, a diferença entre o primeiro e o último colocados, que antes era de cinco pontos, ficou maior. O Concórdia quebrou a invencibilidade do Cianorte e foi aos 14 pontos. E o Cascavel é o novo lanterna da chave com sete. Claro que se olharmos a tabela dessa chave de maneira superficial veremos que se trata do grupo mais equilibrado de toda a Série D. Até porque, dois pontos separam os outros sete times que vêm logo após o líder. Claro que é preciso levar em conta as partidas que ainda estão pendentes. Por exemplo, o Avenida, quarto colocado com oito, tem três jogos a menos que o líder. O aproveitamento do time gaúcho é um pouco inferior ao Concórdia: 58% a 53%. Se ele conseguir o resultado positivo em apenas dois dos jogos atrasados alcança o líder na pontuação.
Ao Cascavel, o argumento de que a classificação ainda não está descartada se justifica já que a matemática mostra que a classificação ainda é possível. Se o time de Gilson Kleina vencer os cinco jogos que restam chega aos 22 pontos ao fim da fase de classificação. Ou seja, terminaria com um aproveitamento de 52,3%. Hoje, a campanha de todos os quartos colocados das oito chaves da Série D varia entre 40% a 54%. No entanto, essa matemática se mostra mais implacável a cada partida. E o Cascavel não tem mais margem para desperdiçar pontos. No próximo domingo (23) recebe justamente o líder Concórdia, no Estádio Olímpico Regional.