Ao elenco do Cascavel: jogadores, membros da comissão técnica, diretoria e torcida. Sem essa de que o segundo lugar é o primeiro dos derrotados. É preciso enaltecer o vice-campeonato do Paranaense de 2023. Foi sim uma conquista! Outros dez times que disputaram o Estadual neste ano trocariam a posição que concluíram essa edição por esse segundo lugar. Dois deles, inclusive, tiveram o desprazer de cruzar o caminho do Cascavel nas fases de mata-mata. É claro que paira no ar aquela pontinha de decepção pelo que o Cascavel apresentou contra o Athletico-PR nos dois jogos da final. Fica aquele sentimento que era sim possível ser campeão paranaense. O torcedor olha para o breve passado e se recorda: e se não fosse aquele pênalti no finzinho da partida no Olímpico???? O título estadual poderia ter vindo justamente nos pênaltis.
O Cascavel enfrentou o Furacão neste Domingo de Páscoa, dentro da Arena da Baixada, e fez um jogo no mesmo patamar. Nem precisa mencionar que se trata do time que é vice-campeão da Libertadores da América, o maior do Estado do Paraná e um dos maiores do Brasil. Mas por vezes, o Athletico se mostrava satisfeito com o 0 a 0, placar que rendeu o 27º título do Paranaense ao Furacão. O Cascavel não se amedrontou na Arena. Teve uma chance clara com o zagueiro Rafael, que perdeu um gol feito. Da mesma forma que a fera Vitor Roque também perdeu um gol, praticamente sem goleiro. O Cascavel igualou as forças com o time que ainda não foi derrotado nesta temporada, que teve todas as melhores estatísticas da competição: melhor ataque com 39 gols, melhor defesa com apenas oito gols sofridos, 17 jogos com 15 vitórias e dois empates, além do artilheiro Pablo, autor de nove gols no Paranaense.
Já o Cascavel também fez 17 jogos, com seis vitórias, cinco empates e seis derrotas. Em termos de números, nem se compara, mas o Cascavel cresceu no momento certo no Estadual. É preciso reconhecer os méritos da comissão técnica, encabeçada por Ademir Fesan, que iniciou a competição. Foi esta comissão que organizou esse elenco vice-campeão. Quando o time oscilou, a diretoria trouxe Luiz Carlos Cruz, que trouxe a sua comissão técnica. Não pediu reforços, mas ele gerou um ambiente de positividade no Cascavel. O rendimento de vários atletas cresceu e o time de Cruz derrubou favoritos. Só não conseguiu superar o favorito Athletico-PR. O título não veio, mas o Cascavel fechou o Estadual de cabeça erguida. E com inúmeras lições positivas para a Série D do Brasileiro, que se inicia em maio.
