Esporte Regional Cascavel

Sueli Vergutz e o orgulho de ser mãe de uma atleta olímpica

11 mai 2024 às 13:02

No dia 30 de abril, os atletas do Clube de Regatas Cascavel (CRC), Vagner Souta e Ana Paula Vergutz, participaram do programa Tarobá Esporte e relataram o sacrifício que um atleta olímpico precisa fazer para concretizar o seu sonho. Os dois conquistaram uma vaga olímpica e vão representar a canoagem brasileira em Paris, em 2024. Ambos ficaram quatro meses longe de casa. Depois de concretizarem os objetivos, deram uma passarinha rápida em Cascavel para rever os familiares. E já retornaram para Lagoa Santa, em Minas Gerais, onde permanecerão treinando até as Olimpíadas, em julho. Na ocasião, Ana Paula disse que “treinar é o mais fácil. A gente gosta. O mais difícil e ficar todo esse tempo longe da família. Nos faz perguntar se isso está valendo a pena?”. Quem respondeu a essa reflexão foi a mãe de Ana Paula, Sueli Vergutz, uma das maiores incentivadoras da filha. “Vale a pena sim”, disse ela com ênfase.

Sueli concorda que lidar com a distância é um desafio tanto para a atleta quanto para a mãe. “A gente vive essa dupla função. Eu tenho que sentir saudade da Ana enquanto filha. E ao mesmo tempo saber que ela lá está sentindo saudade de toda essa estrutura familiar aqui. Então a gente tem que estar disfarçando o tempo todo o nosso sentimento de saudade. E falar: ‘aqui está tudo bem, fica tranquila!’ E sem dúvida, a parte mais difícil de um atleta é esse afastamento, não estar nos momentos da família, abrir mão de um casamento, de um aniversário. A gente fala muito da tecnologia que aproxima, e todos os dias eu falo com eles, mas tanto a Ana quanto o Vagner, essa rotina fez parte da vida deles desde pequenininhos”, disse Sueli. Neste domingo, 12 de maio, Dia das Mães, Sueli estará longe de Ana Paula.

Mas tem também o outro lado. Não tem preço que pague o orgulho de ser uma mãe de uma atleta olímpica. Esse foi o sonho de Ana Paula Vergutz. E o se tornou também o sonho de toda a família. A atleta de Cascavel irá para a sua segunda Olimpíada. A primeira foi no Rio de Janeiro, em 2016. E a segunda será em Paris.

 


Em quinze anos de canoagem, Ana Paula Vergutz construiu esse vasto currículo com a presença em importante competições. E, logicamente, se habituou com as viagens internacionais. Mas, em cada país que ela esteve, sempre se lembrou da mãe. E trouxe um pequeno presente. Sueli guarda todos com muito carinho. Olhar aquela rica coleção com peças do México, da Alemanha, do Peru, dos Estados Unidos, do Canadá, da Rússia, faz com ela esteja mais próxima da filha.

Mas mãe é mãe. E qual é a mãe que não gosta de receber um presente especial? No caso de Sueli, o presente pode vir até um pouco atrasado, em formato de uma medalha olímpica em Paris. Na verdade, ela não quer colocar esse tipo de pressão sobre a filha atleta. Para ela, o fato de ter conquistado a vaga olímpica está de bom tamanho. A torcida de Sueli inspira todos os amantes da canoagem e todos os cascavelenses. Ou seja, torcida para Ana Paula, mesmo que de longe, não vai faltar em Paris.