A última ocorrência relatada da doença aconteceu na Bahia. Já o Paraná é o que registrou mais casos este ano.
Nesta safra 2017/2018, o Brasil já registrou 77 ocorrências da ferrugem asiática nas lavouras de soja em 10 estados. Todos os grandes estados produtores já detectaram casos da doença. A Bahia foi o último a encontrar o problema, no dia 3 de janeiro. Por sua vez, até agora, o Paraná é o que mais casos registrou na temporada, com 46.
Cada pontinho vermelho no mapa abaixo representa um caso da ferrugem asiática, somando 77 registros. Ainda é cedo para saber se o Brasil superará os 415 casos do ano passado, mas até a mesma data em 2017, 66 registros da doença haviam sido relatados, ou seja, crescimento de 17%. Este levantamento é realizado pelo Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa.
Por enquanto a pior situação acontece no Paraná. Por lá já foram registrados 46 ocorrências da doença, sendo que em toda a temporada 2016/2017, o estado havia acumulado 87 casos. O município de Tibaji foi o que mais relatos da doença apresentou no país, 3 no total. Entretanto, quase 10 outras cidades paranaenses registraram mais de 1 caso. O último relato aconteceu no dia 4 de janeiro, em Brasilândia do Sul, em uma soja no estádio fenológico R5.
No dia 3 de janeiro a Bahia entrou na lista dos grandes estados produtores do país que registraram a doença. O caso foi confirmado em São Desidério, no oeste do estado. A área onde a ferrugem foi detectada foi semeada em novembro, dentro do intervalo estabelecido pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), entre 8 de outubro e 15 de janeiro.
O coordenador do Programa Fitossanitário de Combate à Ferrugem Asiática da Soja na Bahia, Armando Sá, disse, na nota, que a ocorrência de chuvas regulares na região, temperaturas mais frias à noite e formação frequente de orvalho favoreceram tanto a soja quanto o fungo causador da ferrugem.
“Mesmo o foco tendo sido encontrado tardiamente, comparado com outros Estados, a previsão é de que a chuva continue no oeste da Bahia de forma contínua até o fim de janeiro, por isso os demais agricultores devem estar alerta e intensificar o monitoramento nas áreas plantadas”, disse Sá.
Fonte: Jornal Folha Agrícola