A falta de chuva na região de Maringá está provocando prejuízos aos produtores rurais. Segundo levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural) a produtividade do milho safrinha deve cair 22% e a do trigo 11% em relação ao ano passado, isso sem considerar os dados desta semana.
O responsável técnico do Deral, Moisés Roberto Barion Bolonhez, explica que com apenas 60 milímetros de chuva entre a primeira estiagem, que começou em abril e terminou em maio, e a que perdura desde 12 junho, estão sendo afetadas culturas de inverno, como a segunda safra do milho e trigo, e plantações de mandioca, cana-de-açúcar e até as pastagens e hortaliças. “A produção de café também será afetada”, diz.
Valdir Fries, produtor rural de Itambé (a 41 km de Maringá), onde 40% no milho safrinha já foi colhido, está entre os que vai amargar resultados negativos. A produção que já foi colhida é 20% menor em relação ao ano passado. Do que ainda está no campo, ele estima redução entre 50% e 80%.
Ele explica que, além das estiagens deste ano, exerce influência sobre a produção o atraso na colheita de soja no ano passado e, consequentemente, no plantio do milho safrinha em 2018, também por causa da falta de chuva, em setembro de 2017.
“Quem tiver milho disponível para cooperativas consegue vender a saca de 60 quilos a R$ 30. Tira os curtos e tem certo rendimento para se manter na atividade. Quem ainda não colheu vai sofrer mais”.
Previsão
Segundo o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), a previsão de chuva, que não será volumosa, é só para o dia 31. Se não cair uma gota de água até lá, esse será o segundo julho seco consecutivo na cidade.
Em Maringá não há preocupação com falta de abastecimento, mas em municípios vizinhos, como Marialva, há risco de falta água. Em Sarandi alguns bairros já são atendidos por caminhões pipa.
As temperaturas devem continuar altas, mas segundo o Simepar, dentro do previsto para a estação.
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