O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) confirmou ontem (11) a existência de uma nova bactéria nas lavouras de milho, a segunda maior cultura do Paraná depois da soja. O nome é complicado: xantomonas vazicola vasculórum. E embora pequenininhas, essas bactérias podem causar um estrago enorme nas lavouras de milho, reduzindo a produção pela metade, de acordo com o pesquisador do órgão, Adriano Custódio.
A bactéria age na folha, mata o tecido e aos poucos a planta perde a capacidade de fazer fotossíntese. A coloração também muda e por causa das pequenas linhas que se formam a doença foi batizada de estria bacteriana do milho. O primeiro registro no brasil foi no Paraná, no ano passado, mas nesta safra o problema se apresentou com maior intensidade e já foi detectado em mais de 30 hibridos.
O sistema de produção agrícola no Paraná é muito intensivo porque no estado são até 3 safras por ano. O modelo inclui a integração lavoura-pecuária, onde além do milho, são plantadas também forrageiras, como as braquiárias. A preocupação é que a bactéria possa afetar também outras culturas.
Com a bactéria causadora da doença identificada, o próximo passo é determinar a sensibilidade da bactéria a produtos químicos que já estão no mercado, uma forma de controlar a doença.
(Reportagem: Larissa Trevisan/ Fábio Lainetti)