Polo da maior região produtora de mandioca para fins industriais do Brasil, a cidade de Paranavaí, no Noroeste do Paraná, sediará de 20 a 22 de novembro a Feira Internacional da Mandioca (Fiman 2018), no Parque Internacional de Exposições Costa e Silva. Em sua segunda edição, o evento reunirá representantes de toda a cadeia produtiva e de consumo, em um ambiente propício para a promoção de negócios entre as empresas do setor, especialmente as indústrias de transformação, seus fornecedores e clientes.
Mais de 100 expositores do Brasil e do exterior participarão da Feira, em um espaço de 4 mil m² especialmente construído para abrigar o evento. A expectativa da organização é que mais de 5 mil pessoas de 30 países visitem a Fiman 2018, entre industriais, produtores, fornecedores, consumidores e varejistas, com a geração de aproximadamente R$ 100 milhões em negócios. O evento, idealizado em 2016 em meio a uma das mais graves crises econômicas do país, tornou-se um importante cenário para a troca de experiências, tecnologia e conhecimento com relação ao mercado da mandioca. “Naquele momento, conseguimos gerar mais de R$ 50 milhões em negócios durante a Feira, impactando positivamente um universo de mais de 4 mil pessoas, entre visitantes e empresários”, explica Maurício Gehlen, presidente da Comissão Organizadora da Fiman 2018. “Tivemos como destaque a África, continente com o maior número de representantes. Graças a sua alta produção da raiz, vieram atrás de conhecimento a respeito da produção em escala comercial”, acrescenta. Para esta edição, já estão confirmadas empresas da China e Inglaterra, e em negociação com outros países, como Japão, Tailândia, Indonésia e Singapura.
A Fiman 2018 é uma parceria da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), Sindicato Rural de Paranavaí, do Sindicato Rural do Noroeste do Paraná, Prefeitura Municipal de Paranavaí e Centro Tecnológico da Mandioca (Cetem), com organização da Combo Action
Mandioca: o alimento do século XXI
Eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o alimento mais importante do século, a mandioca é utilizada para consumo humano, animal e industrial. Neste último caso, é fundamental para diferentes segmentos. “É o caso dos setores de papel e celulose, panificação, têxtil, indústria farmacêutica e de cosméticos, fertilizantes, aplicação em campos de petróleo e siderurgia e na alimentação, servindo como base para a produção de alimentos sem glúten, lactose e funcionais”, complementa Gehlen.
Em paralelo à Feira, a organização do evento promoverá uma agenda de atrações focadas na capacitação profissional e na geração de conhecimento, entre oficinas, visitas técnicas, rodadas de negócios e palestras sobre novas tecnologias, otimização de materiais, trabalho em rede, logística reversa e a apresentação de cases de sucesso.
O mundo se encontra em Paranavaí
Atualmente, a produção da mandioca está concentrada em alguns países, como a Nigéria, Tailândia, Indonésia, Brasil, República Democrática do Congo e Gana. Segundo o último levantamento divulgado pela ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção mundial de raiz de mandioca correspondeu a 270,28 milhões de toneladas em 2014, estando o Brasil na quarta posição com uma produção de 23,24 milhões de toneladas.
O país concentra três grandes centros produtivos: o Pará (alimentício), a região Sul (industrial) e o Mato Grosso. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que o Paraná foi responsável por 70% do total de fécula de mandioca produzida no país em 2015 - número que é mantido a cada safra, sendo a região de Paranavaí (PR) uma referência mundial em produtividade e qualidade.
“Temos como metas promover negócios e intercâmbio entre as empresas produtoras, agregar valor à produção, ampliar a geração de empregos, fomentar o nosso mercado, implantar uma cultura de inovação tecnológica e construir uma rede de informações. Serão três dias de troca de experiências, parcerias e novos caminhos”, finaliza Gehlen. O pavilhão da Fiman 2018 terá funcionamento das 13h às 20h, com entrada gratuita.
Fonte : Jornal Folha Agrícola