Agricultura

Produtores participam do 1º Congresso Paranaense de Agricultura Urbana

27 nov 2019 às 17:24

O evento foi promovido pelo governo municipal, através do Território Cidadão.“Nós estamos ocupando os terrenos públicos, mas o programa é extensivo para as pessoas  que têm lotes baldios. A ideia é incentivar a produção ou disponibilizar o imóvel para o programa. Queremos transformar estes alimentos na cadeia produtiva”, completou o prefeito Paranhos que disse também que para ampliar o plantio de alimentos no perímetro urbano, deve enviar à Câmara de Vereadores projeto que determina punição mais severa a proprietários de lotes tomados pelo mato ou desconto e benefícios para os donos de imóveis produtivos inseridos no agricultura urbana. O projeto deve ser enviado ainda este ano para apreciação dos vereadores.

1º Congresso Paranaense de Agricultura Urbana

Durante todo o dia foram realizadas palestras, oficinas e workshops com temas voltados à produção nas pequenas propriedades. “Com este evento nosso objetivo é difundir as práticas e as experiências que conseguimos reproduzir aqui em Cascavel com as nossas hortas da agricultura urbana. A intenção é levantar diretrizes, caminhos e propostas para que possamos levar a agricultura urbana que tem dado tão certo em Cascavel, também para todo Estado do Paraná  e porque não para o resto do País”, disse o gerente do Território Cidadão, Ailton Lima.

Agricultura Urbana em nossa cidade

Em Cascavel o programa municipal de Agricultura Urbana foi iniciado em 2017 e pensado para toda a comunidade, em especial nos bairros que compõem os territórios do Município, envolvendo várias secretarias municipais, parceiros, entidades, ONGs (Organização Não Governamental), OSCs (Organização da Sociedade Civil), cooperativas, associações de moradores e universidades.

O foco principal deste programa é implantar hortas, hortos medicinais e aromáticos, ocupando terrenos baldios ociosos na área urbana e periurbana do Município para a produção de alimentos saudáveis, livres de defensivos agrícolas, sendo um instrumento de ação social e uma excelente estratégia de segurança alimentar e nutricional, incluindo outros aspectos relevantes como o controle da segurança pública, o combate à dengue, geração de renda, inclusão social, qualidade de vida e a colaboração ao meio ambiente.

Hans Dieter Temp, da ONG Cidade Sem Fome, de São Paulo, um dos palestrantes do evento veio falar da experiência naquele Estado com a agricultura urbana. De acordo com ele o alvo do programa paulista é o público formado por pessoas desempregadas, com idades avançadas e que estão fora do mercado formal do trabalho, por conta destes fatores  e ainda a falta de escolaridade ou capacitação profissional. “Esta pessoas encontram nas hortas comunitárias uma oportunidade de inserção social e de resgate de sua cidadania”.

A produção da Agricultura Urbana de Cascavel é feita por voluntários e se destina ao autoconsumo das famílias envolvidas , mas pode também abastecer cozinhas comunitárias, restaurante popular e para venda do excedente no mercado local, por meio de associações de agricultores urbanos formados em cada território, resultando em inclusão social, melhoria da alimentação, geração de trabalho e renda dos envolvidos, bem como o sentimento de pertencimento aos colaboradores e integrantes do programa.“ O programa desenvolvido em Cascavel desde 2017 é referência para muitos Municípios e Estados. Hoje nós temos mais de 200 famílias envolvidas neste projeto. No início a previsão era de que a agente conseguisse apenas manter os terrenos baldios limpos, mas nós conseguimos bem mais com o Agricultura Urbana.Nós conseguimos a recuperação da saúde de muitas pessoas que encontraram no trabalho o remédio para a depressão, a melhoria na convivência social”, falou o Gestor do Território Cidadão, José Carlos da Costa, o Cocão. “Este programa, deu muito certo. Estamos com 62 hortas (áreas) implantadas e vemos o envolvimento da comunidade. É gratificante ver as famílias consumido os produtos que elas mesmas plantaram, se alimentando bem, tendo renda extra com a venda do excedente dos produtos que cultivam nas hortas. Uma transformação muito grande na vida das famílias. Elas são felizes”, disse o técnico agrícola, responsável pelo Programa Agricultura Urbana, Patrick Tristacci.

Também participaram do evento, o vereador Carlinhos de Oliveira, o secretário de Agricultura, Ney Haveroth, o presidente do Sindicato Rural Patronal, Paulo Orso, o deputado estadual professor Lemos e  representantes de instituições de ensino, além de  produtores e representantes das ONGs Iadas, Instituto Colmeia e Copcraf que são parceiras do Programa AU em Cascavel.

Assessoria