Agro

Agropecuária cresce 12,2% no 1º trimestre de 2025 e lidera avanço do PIB

31 mai 2025 às 11:10

A agropecuária foi o setor de maior destaque no desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre de 2025, com crescimento expressivo de 12,2% em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE, no âmbito do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.


O resultado positivo da agropecuária foi decisivo para a alta de 1,4% no PIB total do país no período e reflete, segundo o Instituto, uma combinação de condições climáticas favoráveis, alta produtividade e perspectiva de safra recorde, sobretudo na soja, o principal produto agrícola do país.


“A agropecuária está sendo favorecida pelas boas condições climáticas e por uma base de comparação baixa em 2024. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.


Comparação anual também é positiva


Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, a agropecuária cresceu 10,2%, impulsionada principalmente pelo desempenho de produtos com safra relevante nos primeiros meses do ano. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE em maio, os destaques de crescimento na estimativa de produção anual são:


Soja: +13,3%


Milho: +11,8%


Arroz: +12,2%


Fumo: +25,2%


Todos esses produtos também registraram ganhos de produtividade, reforçando o peso do setor no desempenho econômico nacional.


Contribuição ao PIB


A agropecuária representa cerca de 6,5% do valor adicionado da economia brasileira, mas sua participação se destaca nos trimestres em que há colheita de grãos, como é o caso do primeiro trimestre. O forte desempenho do campo também tem impactos indiretos sobre outros setores, como transporte, insumos agrícolas, comercialização e indústria de alimentos.


Com esse resultado, o setor reafirma seu papel como motor de crescimento do PIB brasileiro em 2025, especialmente num contexto de estabilidade da indústria e crescimento moderado dos serviços.