Um estudo do Rabobank, conduzido pela equipe global de proteína animal e liderado por Angus Gidley-Bard, destaca o avanço da América do Sul nos mercados mundiais de carne bovina. O relatório aponta que os preços do gado seguem trajetórias distintas, enquanto a produção global começa a desacelerar.
Na América do Norte, as projeções para 2025 indicam que os preços continuarão subindo, impulsionados pelo baixo nível de estoques e pela alta demanda dos consumidores. Em contraste, os produtores do hemisfério sul operam com valores quase 50% inferiores aos do mercado norte-americano. No Brasil, entretanto, os preços do gado registraram alta no final de 2024, impulsionados pela forte disputa dos mercados de exportação pelo rebanho disponível.
Para 2025, o Rabobank prevê uma queda nos preços do gado brasileiro ao longo do segundo trimestre, devido ao aumento de oferta no mercado. A expectativa é que, mesmo com o crescimento do estoque, os preços se mantenham competitivos para exportação. Além disso, as condições climáticas favoráveis no hemisfério sul reduzem a probabilidade de novos aumentos expressivos no curto prazo.
Com custos de produção mais baixos e um cenário favorável para exportação, a América do Sul reforça sua presença no mercado global de carne bovina. O Brasil, em particular, deve continuar ampliando sua competitividade, consolidando-se como um dos principais fornecedores internacionais.
Em resumo, com custos de produção mais baixos e uma oferta crescente, a América do Sul fortalece sua posição no mercado global de carne bovina, ampliando sua competitividade frente a outras regiões. O Brasil, em especial, deve se beneficiar da maior disponibilidade de gado no segundo trimestre de 2025, o que pode resultar em preços mais atrativos para exportação. Com a demanda externa aquecida e a capacidade de manter um fluxo constante de produção, o país segue como um dos principais fornecedores internacionais, consolidando seu papel estratégico na cadeia global de proteínas.
