Um levantamento realizado com agricultores do Distrito Federal (DF) e de Cristalina (GO) revelou que 44,4% dos entrevistados utilizam bioinseticidas à base de baculovírus, enquanto 55,6% ainda não adotaram a tecnologia. Os dados foram divulgados pelo professor Gabriel Medina, da Universidade de Brasília. Entre os produtos disponíveis, o Vircontrol, da empresa Simbiose, foi o mais utilizado, embora nenhum tenha se consolidado como líder absoluto no mercado.
Outras empresas que disputam esse segmento incluem a AgBiTech Brasil, com o produto Cartugen; Koppert Brasil, com o Diplomata Evo; Andermatt Brasil, com o Verpavex; Nitro Agro, com o Revers; e Promip, com o BaculoMip. No Brasil, esses bioinseticidas são majoritariamente registrados para o controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), mas também existem opções para o manejo de outras espécies de lagartas.
Entre os agricultores que não utilizam baculovírus, 97,2% nunca experimentaram a tecnologia, enquanto 2,8% afirmaram já terem utilizado, mas deixaram de aplicar. O levantamento demonstrou que não há diferença estatisticamente significativa no grau de adoção entre as regiões analisadas, sugerindo que tanto o DF quanto Cristalina apresentam níveis similares de uso desse tipo de bioinseticida. Os dados, coletados em 2024 junto a 72 agricultores, ressaltam a importância crescente dos produtos biológicos no manejo integrado de pragas. De acordo com o professor, em seu perfil no LinkedIn, novos estudos poderão ajudar a mapear tendências e superar barreiras para ampliar a adoção da tecnologia.