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Brasil é um dos poucos países do mundo que produz dois tipos de café

Variedades arábicas e conillon, também chamadas de robusta ou canephora, são as que têm demanda comercial em todo o mundo
14 dez 2025 às 12:10
Por: Band
Café era vendido com pedaços de vidro - Trilux

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, e essa liderança é sustentada por duas espécies principais. O café Arábica (Coffea arabica) representa a grande maioria, e junto ao café Conilon/Robusta (Coffea canephora), define a matriz de produção cafeeira em todo o mundo. 


Arábica é a espécie dominante, respondendo por cerca de 76,4% da produção nacional, e é mais valorizado no mercado de commodities por sua qualidade superior e complexidade de sabor]. Já o Conilon, também conhecido como Robusta ou Canephora, corresponde aos demais 23,6% e é amplamente utilizado em blends e na produção de café solúvel, devido à sua rusticidade e maior teor de cafeína].


As cultivares de café Arábica mais difundidas

Dentro da espécie Arábica, o sucesso do Brasil se deve em grande parte à adoção de cultivares (variedades geneticamente selecionadas) que se adaptam bem às condições climáticas e de solo do país. Historicamente, as variedades Mundo Novo e Catuaí estão entre as mais difundidas e cultivadas no território nacional.


Mundo Novo e Catuaí: Estas duas, juntamente com as desenvolvidas pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas), formam a base genética da cafeicultura brasileira, representando aproximadamente 90% dos cafezais do país].

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Outras em destaque: O cenário é complementado por cultivares como Acaiá, Bourbon (nas versões Amarelo e Vermelho), Catucaí e Topázio, que são importantes para a diversificação e adaptação a diferentes microclimas.


Embora o domínio do Arábica seja claro, conforme corroborado por diversas fontes do setor], não há um relatório consolidado recente de órgãos oficiais (como CONAB ou IBGE) que defina um ranking exato por volume de sacas entre as cultivares Mundo Novo e Catuaí na safra mais recente.

Os cafés arábicas são produzidos em Minas Gerais e São Paulo.


Conilon: o robusta para blends e solúvel


A espécie Coffea canephora, mais conhecida no Brasil como Conilon, é fundamental para a indústria. Ela é valorizada por sua capacidade de produzir grãos com alto teor de sólidos solúveis, ideais para a fabricação de café instantâneo e para dar corpo a misturas (blends).


O termo "Conilon" é frequentemente usado no Brasil para se referir à espécie como um todo, mas ela também engloba outras variedades de alta performance e grande adaptação. Entre as produzidas comercialmente, destacam-se:


Robusta: Nome globalmente conhecido para a espécie.

Vitória: Variedade com alta produtividade.

Guarini e Diamante: Cultivares notáveis por suas características agronômicas e qualidade de bebida].


A produção de Conilon se concentra majoritariamente em regiões quentes e de baixa altitude, como o Espírito Santo, onde a espécie é adaptada ao clima e solo locais.

As variedades conilon são geralmente produzidas nas regiões do Espírito Santo, Rondônia e Bahia.

Produção e tendências

A escolha da variedade de café é uma decisão estratégica para o produtor rural, que deve levar em conta o clima, o solo, a altitude, a incidência de pragas e o mercado que deseja atingir. Enquanto o Arábica, com suas nuances de sabor, é a base do café especial consumido no mundo, o Conilon garante a competitividade do Brasil no segmento de café solúvel e em grandes volumes de exportação.


A predominância de variedades geneticamente selecionadas, como as do IAC, Mundo Novo e Catuaí, reflete um esforço histórico do país em aumentar a produtividade e a resistência das lavouras. O setor do agronegócio segue atento às inovações da Embrapa e de institutos de pesquisa, buscando novos materiais genéticos que prometem ainda mais adaptação e resiliência às mudanças climáticas.


O Arábica continua sendo o grande "carro-chefe" da cafeicultura nacional, mas o Conilon tem ganhado espaço por sua robustez, o que o torna uma opção mais segura em regiões de maior estresse hídrico e climático. A diversificação de cultivares é a chave para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira no cenário global.

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