O governo chinês confirmou nesta quarta-feira (31) a morte de uma mulher de 63 anos decorrente de uma infecção combinada de uma cepa do vírus da gripe aviária (H10N5) e o subtipo do vírus da influenza H3N2. A morte, segundo o Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças da China, teria ocorrido em 16 de dezembro e o resultado das amostras saiu nesta semana.
Segundo o governo local, a mulher começou a se sentir mal no começo de dezembro e foi internada no dia 7 do mesmo mês, com sintomas como tosse, dores de garganta e febre.
Em nota, o Centro afirmou que, na análise genética, os especialistas concluíram que o vírus H10N5 é de origem aviária, mas não tem capacidade eficaz de infectar humanos. "Esta ocorrência é considerada uma transmissão entre espécies ocasional de aves para humanos. O risco de infecção humana pelo vírus é baixo e não houve evidências de transmissão entre humanos", diz a nota.
Gripe aviária no Brasil
De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o ano de 2003, cerca de 874 infecções humanas de gripe aviária foram notificadas e 458 morreram. O risco de morte em humanos é baixo. “Na região das Américas, três casos de influenza aviária A(H5N1) em humanos foram identificados: um nos Estados Unidos (abril de 2022), um no Equador (janeiro de 2023) e um no Chile (março de 2023). No Brasil, em 15 de maio de 2023, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (DSA/SDA/Mapa) notificou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) as primeiras detecções de influenza aviária em aves silvestres”, informa o site do órgão.
Segundo o boletim Influenza Aviária do Ministério da Agricultura, até o dia 9 de janeiro de 2024, 151 focos da doença foram confirmados no país, 148 em animais silvestres e 3 casos em aves de subsistência, como galinhas caipiras. Cerca de 850 pessoas tiveram contato direto com as aves doentes e foram monitoradas e 23 pessoas continuam acompanhadas pelas autoridades sanitárias.