Agro

China é o maior importador de soja brasileira e tarifaço pode aumentar comércio

29 jul 2025 às 15:47

Em uma recente discussão sobre o cenário do comércio internacional, particularmente entre o Brasil, os Estados Unidos e a China, surgiram insights valiosos sobre a exportação de soja e outros produtos brasileiros. A soja, um dos principais produtos de exportação do Brasil, tem mostrado um desempenho notável, apesar das complexidades impostas pelas tarifas internacionais.


O tarifaço de Trump deve interferir em alguns setores do agro, como o de suco de laranja e cafés, mas a cadeia da soja possui uma dinâmica diferente em relação ao comércio internacional. Ao contrário de outros produtos que o Brasil exporta para os EUA, a soja não é vendida para os americanos, mas sim compete com eles no mercado chinês. Os dois países são os principais fornecedores deste grão para a China.


Ainda que os Estados Unidos e a China não tenham chegado a um acordo comercial sobre as tarifas anunciadas no início do ano pelo então presidente Donald Trump, a China continuou a comprar quantidades recordes de soja. No mês passado, as importações bateram recorde de 12 milhões de toneladas pelos chineses, das quais 10 milhões vieram só do Brasil. Isso demonstra a forte dependência da China em relação à soja brasileira, especialmente durante o primeiro semestre do ano, período de colheita no hemisfério sul.


Outro ponto importante é a estratégia da China de diversificar suas fontes de importação para depender menos dos Estados Unidos, como a ampliação da capacidade de alguns embarques nos portos brasileiros. Este movimento estratégico da China visa garantir um fornecimento mais estável e menos suscetível a interrupções políticas.


Nas últimas semanas, a China devolveu 300 mil toneladas de soja dos Estados Unidos, que foram disfarçadas de soja argentina. Esse incidente, que veio à tona recentemente, revela as tensões e as manobras no comércio internacional de soja.