O boletim semanal de conjuntura agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado nesta quinta-feira (12) pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, trouxe um panorama otimista para a produção de feijão no Paraná. Os custos de produção na primeira safra foram estimados em R$131,12 por saca de 60 kg e R$133,28 na segunda safra. Os preços praticados no mercado, variaram entre R$150,00 e R$250,00 por saca, o que indica uma margem de rentabilidade de até 60%. No caso do feijão preto, o preço médio foi registrado em R$213,87 no estado.
Segundo os dados, apesar do potencial de lucro, o clima tem sido um desafio em parte do estado. A colheita da primeira safra, iniciada em 2 de dezembro, permanece em 1% devido às chuvas constantes. O clima também ameaçam a qualidade dos grãos prontos para colheita. Cerca de 4% das áreas em maturação há mais de duas semanas correm risco de brotamento nas vagens, o que pode comprometer a produção.
Ainda assim, 93% das lavouras continuam classificadas como boas, com apenas 7% em condições médias e um percentual insignificante em situação ruim. As chuvas beneficiaram as áreas que começavam a sofrer com estresse hídrico, o que trouxe um alívio aos produtores.
O otimismo também se estende à segunda safra, pois o plantio está próximo de começar. O bom cenário de preços e a rentabilidade têm incentivado os produtores, refletindo-se em um aumento de 11% no preço das sementes em relação a novembro de 2023. Esse impacto foi compensado pela redução de 13% nos custos com agrotóxicos, o que pode levar a uma expansão na área plantada, conforme apontou o boletim.