Agro

Exportações brasileiras de carne de frango crescem 17,9% e batem recorde em fevereiro

10 mar 2025 às 18:36

As exportações brasileiras de carne de frango registraram crescimento expressivo em fevereiro de 2025, alcançando 468,4 mil toneladas, um avanço de 17,9% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 397,2 mil toneladas. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), esse é o maior volume já registrado para o mês de fevereiro.


O aumento também foi significativo em termos de receita, que somou US$ 870,4 milhões, um crescimento de 23,1% em relação a fevereiro de 2024, quando o montante foi de US$ 707 milhões.


No acumulado do ano, as exportações de carne de frango atingiram 911,4 mil toneladas, volume 13,6% superior ao registrado no primeiro bimestre de 2024. Em receita, o avanço foi de 22%, totalizando US$ 1,696 bilhão.


Principais destinos

A China segue como o maior destino da carne de frango brasileira, com importação de 49,6 mil toneladas em fevereiro, um aumento de 18,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Outros países que se destacaram foram:


  • México: 20,9 mil toneladas (+272,3%)
  • África do Sul: 24,5 mil toneladas (+36,1%)
  • Coreia do Sul: 18 mil toneladas (+23,3%)
  • União Europeia: 20,6 mil toneladas (+11,5%)

Por outro lado, algumas nações registraram quedas nas importações, como o Japão (-24%), Arábia Saudita (-3,6%) e Emirados Árabes Unidos (-1,5%).


Paraná lidera exportações

Entre os estados exportadores, o Paraná manteve a liderança, com 186 mil toneladas embarcadas (+15,9%). Santa Catarina (106,6 mil toneladas, +15,5%) e Rio Grande do Sul (69,8 mil toneladas, +19,5%) aparecem em seguida. São Paulo registrou o maior crescimento percentual (+40,3%), enquanto Goiás exportou 20,5 mil toneladas (+18,7%).


Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a alta demanda global pela carne de frango brasileira tem sido impulsionada tanto por rupturas no comércio de países afetados pela gripe aviária quanto por medidas adotadas para garantir o abastecimento em mercados com dificuldades.


“O comportamento dos embarques até aqui indica que as projeções inicialmente estabelecidas para as exportações brasileiras deverão ser superadas”, afirmou.