Agro

Fazendeiro planeja criar “universidade do búfalo” na Ilha de Marajó

13 out 2025 às 10:33

Celular? Videogame? Brinquedos eletrônicos? Em Soure, na Ilha de Marajó, crianças se divertem nadando com búfalos, que são o símbolo local e têm papel central na cultura, transporte e gastronomia da região.

A propriedade Fazenda e Empório Mironga planeja criar a primeira universidade do búfalo do país, o Centro de Estudos da Bubalinocultura, voltada para genética, manejo e aproveitamento integral do animal.


Enquanto o projeto não sai do papel, a família organiza a Vivência Mironga, turismo pedagógico que ensina sobre produção de queijo artesanal de leite de búfala e práticas agroecológicas, atraindo até 400 visitantes em setembro.


O queijo do Marajó é feito de leite cru e possui Indicação Geográfica pelo INPI, com apoio do Sebrae para legalização e organização coletiva. A tradição gastronômica também se reflete no Café Dona Bila, comandado por Lana Correia, que une culinária nordestina e paraense, destacando ingredientes locais como queijo marajoara e carne de búfalo. Pratos como tapioca molhada, bolo de milho cremoso e cuscuz recheado são destaques.


O turismo, a gastronomia e a produção agropecuária do búfalo se conectam à sustentabilidade e aos desafios ambientais. A pecuária, categoria à qual o búfalo pertence, é responsável por significativa emissão de gases do efeito estufa, especialmente metano, tema que poderá ser estudado no futuro Centro de Estudos da Bubalinocultura, alinhando tradição e inovação para a preservação ambiental.