Neste ano mais uma vez o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) e Embrapa-Soja realizaram o Giro Técnico da Soja. Durante dois meses foram organizados encontros entre pesquisadores, técnicos e agricultores nas principais regiões produtoras do grão do estado.
O objetivo das instituições foi mostrar ao público que é possível produzir soja de uma forma mais sustentável, com a adoção de boas práticas agrícolas. Ao todo foram 16 encontros, reunindo 1.050 produtores.
O Giro Técnico da Soja é uma metodologia que permite que agricultores conversem com pesquisadores, extensionistas e técnicos sobre boas práticas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP), a fixação biológica de Nitrogênio, o manejo de solos, tecnologias de aplicação de produtos na lavoura e Manejo Integrado de doenças (MID).
“Neste ano a semeadura da soja no Paraná atrasou, em comparação a outros anos. Então, estamos tratando da ferrugem asiática da soja num momento mais oportuno. Durante os eventos do Giro da Soja houve uma boa participação de agricultores, não só daqueles que já participavam do programa, como também de alguns que estão conhecendo o trabalho nesta safra”, avaliou Edivan José Possamai, coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná.
Segundo Possamai, há alguns anos o Paraná vem se tornando uma referência nacional em adoção de tecnologias e produtividade no cultivo da soja. No entanto, muitos produtores ainda desconhecem essas práticas. “Há espaço para que o estado se consolide como modelo de produção sustentável da oleaginosa. O MIP pode reduzir pela metade o número de aplicações de inseticidas e o MID indica a redução de até 40% nas aplicações de fungicidas, sem comprometer a produtividade das lavouras. Essas práticas revertem em mais renda para o produtor, menor custo de produção e menor impacto ambiental, trazendo benefícios para a sociedade como um todo”, concluiu.