Entre os dias 7 e 17 de abril, cinquenta jovens angolanos participaram, em Ilhéus (BA), do curso técnico “Cadeia Produtiva do Cacau”, promovido pelo Instituto Brasil África (Ibraf) em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e o Instituto Biofábrica da Bahia. A iniciativa integra o programa Youth Technical Training Program (YTTP), que visa capacitar jovens africanos e brasileiros em áreas estratégicas do desenvolvimento sustentável.
Realizada na sede da Ceplac, a formação teve como foco a transferência de conhecimentos técnicos e práticos sobre todas as etapas da cadeia produtiva do cacau, desde o plantio até o processamento industrial. Os participantes tiveram contato com tecnologias aplicadas ao cultivo e à transformação do cacau, além de conhecerem experiências bem-sucedidas que agregam valor ao produto e fortalecem a economia local.
Com uma abordagem integrada e alinhada às exigências da produção sustentável, o curso priorizou temas como inovação, boas práticas agrícolas, sustentabilidade ambiental e agregação de valor aos produtos derivados do cacau. “A proposta é atualizar os jovens angolanos, preparando-os para enfrentar os principais desafios do cultivo do cacaueiro e aproveitar as oportunidades, contribuindo para o fortalecimento e o desenvolvimento sustentável da cadeia em Angola”, destacou o diretor da Ceplac, Paulo Marrocos.
A formação também buscou fomentar a cooperação técnica entre Brasil e Angola, reforçando o papel do país como referência na produção cacaueira e no desenvolvimento de tecnologias voltadas ao setor. Para os jovens angolanos, a capacitação representa não apenas uma oportunidade de aprendizado, mas também uma chance de transformação social e econômica em suas comunidades de origem.
O curso “Cadeia Produtiva do Cacau” integra um conjunto de ações que visam consolidar a Bahia como polo formador de conhecimento agroindustrial, ao mesmo tempo em que fortalece os laços de cooperação Sul-Sul, com foco na juventude e na sustentabilidade agrícola.