O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma criação de aves domésticas de subsistência no município de Campinápolis, em Mato Grosso. O foco, porém, foi identificado em um grupo de aves domésticas e não representa risco à economia do Brasil com suspensão de exportações. Esse é o quarto foco da doença em aves de subsistência detectado no Brasil nos últimos 30 dias.
A propriedade está totalmente interditada e sendo inspecionada pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Todas as as aves da propriedade foram abatidas e as medidas de erradicação e ações de vigilância no raio de 10 quilômetros ao redor do foco foram iniciadas neste domingo (8). O Ministério da agricultura a esclarece que, no raio detectado, não há estabelecimentos avícolas comerciais.
Em nota, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) informou que já adotou as medidas sanitárias necessárias, após a confirmação e o foco da doença está fora das regiões de produção avícola industrial em Mato Grosso. Os agentes do Indea já estão no município para inspecionar todas as propriedades, instalar barreiras sanitária na propriedade afetada para impedir o trânsito de animais, materiais e equipamentos potencialmente contaminados; abate sanitário de todas as aves existentes no local; desinfecção completa da área contaminada.
No último sábado (7), o Ministerio da Agricultura descartou a ocorrência da doença em um frigorífico localizado no Rio Grande do Sul. As aves haviam saído de uma propriedade rural localizada em Teutônia e foram abatidas em no Frigorífico Languiru, em Westfália. Na ocasião, 19 mil quilos de frangos haviam sido apreendidos, mas já estão sendo realocados no mercado.
A ocorrência do foco confirmado de IAAP em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros. O foco confirmado em aves de subsistência também não altera o período de 28 dias de vazio sanitário após a desinfecção da área em Montenegro (RS), onde foi confirmado um foco de gripe aviária em um matrizeiro de aves comerciais.