Agricultores familiares das regiões Norte e Centro-Oeste passaram a contar, em 2025, com um novo reforço ao acesso ao crédito rural. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), em parceria com a Caixa Econômica Federal, implementou um programa de microcrédito produtivo orientado que resultou na assinatura de 24.138 contratos ao longo do ano, com liberação de R$ 296 milhões.
A iniciativa integra a estratégia do governo federal de fortalecer a agricultura familiar por meio dos Fundos Constitucionais de Financiamento e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Somente em 2025, mais de R$ 7,15 bilhões foram destinados a linhas de microcrédito rural nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, ampliando a capacidade produtiva de pequenos agricultores e reduzindo desigualdades regionais.
O programa começou a ser estruturado no fim de 2024, como projeto-piloto de R$ 300 milhões, inspirado no modelo do AgroAmigo, do Banco do Nordeste. Em julho de 2025, ganhou escala nacional com o anúncio de mais R$ 1 bilhão em recursos adicionais, consolidando-se como instrumento de inclusão produtiva.
Segundo o secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Tavares, o alcance social é um dos principais resultados da política. Ele destaca que o microcrédito passou a chegar a públicos historicamente excluídos, como ribeirinhos, quilombolas e comunidades tradicionais, especialmente na Amazônia Legal.
Voltado a agricultores e pecuaristas familiares, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e extrativistas, o programa atende famílias com renda anual de até R$ 50 mil e exige Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ativo. Os recursos podem ser usados tanto para investimentos produtivos, como infraestrutura e aquisição de animais, quanto para custeio da produção.
Com juros de 0,5% ao ano, prazo de até 36 meses e bônus de adimplência que pode chegar a 40%, o microcrédito se consolidou em 2025 como uma das principais ferramentas de estímulo à produção rural de pequena escala, contribuindo para geração de renda, segurança alimentar e desenvolvimento regional.