Uma nova rota turística integrará o mapa do turismo rural do Paraná com foco na produção de morango na Região Metropolitana de Curitiba. A Rota do Morango Paranaense reúne propriedades rurais que abrem as portas para visitação, colheita direta do fruto e consumo de produtos artesanais, unindo agricultura familiar e turismo como fonte complementar de renda. A ideia surgiu durante o XI Simpósio Nacional do Morango, em São José dos Pinhais, realizado em outubro deste ano.
A iniciativa envolve produtores de municípios como São José dos Pinhais, Araucária, Colombo, Tijucas do Sul e Agudos do Sul, com previsão de ampliação para outras regiões do estado. Ao todo, 12 propriedades participam do projeto neste primeiro momento.
Turismo aliado à produção agrícola
A proposta da rota é aproximar o visitante do campo, permitindo conhecer o cultivo do morango, realizar a colheita do fruto diretamente do pé e vivenciar a rotina das propriedades rurais. A experiência inclui ainda degustação de produtos artesanais e contato com a paisagem rural da Grande Curitiba.
As propriedades recebem acompanhamento técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, que atua tanto no suporte à produção quanto na organização da atividade turística.
Produção de morangos no Paraná é a segunda maior
O Paraná é o segundo maior produtor de morango do país. Em 2024, o estado produziu cerca de 34,2 mil toneladas da fruta, atrás apenas de Minas Gerais. Só a região de Curitiba respondeu por 11,9 mil toneladas no mesmo período, segundo dados do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
Visitante colhe e come
Embora a Rota do Morango ainda não foi anunciada oficialmente, em Araucária, a Chácara Baedeski é uma das propriedades que estará no projeto de turismo rural. O cultivo de morangos no local ocorre há mais de duas décadas, mas a aposta no turismo rural é recente e inclui o sistema de colhe e pague, produtos coloniais, café rural e área de lazer para famílias.
O sistema colhe e pague é comum no Japão, onde o produto é bastante caro nos mercados.
A produtora Daiane Priscila Baedeski destaca que a criação da rota ampliou a visibilidade do trabalho desenvolvido. Segundo ela, a iniciativa contribuiu para aumentar o alcance do público e a procura pelas atividades oferecidas, além do apoio técnico contínuo recebido do IDR-Paraná.
Expectativa de aumento no fluxo de visitantes
De acordo com o engenheiro agrônomo Raphael Branco de Araújo, do IDR-Paraná, a expectativa é de crescimento no fluxo de turistas e no ticket médio das propriedades. “Depois da divulgação da rota, o público tem procurado os estabelecimentos com mais frequência. A ideia é que esses empreendimentos recebam mais turistas rurais do que vinham recebendo”, afirmou.