O cultivo de batatas na Europa enfrentou sérios desafios em 2024, marcados pela escassez de sementes de qualidade e pelo aumento nos preços dos insumos. De acordo com a Comissão Europeia, os custos de sementes e fertilizantes cresceram mais de 10% no último ano, pressionando os orçamentos dos produtores. A falta de batatas-semente forçou muitos agricultores a reduzir o plantio, comprometendo a produtividade em um cenário já afetado pela alta inflacionária.
O clima adverso foi outro grande obstáculo. Regiões como Bélgica e sul dos Países Baixos sofreram com chuvas intensas, que atrasaram o plantio e afetaram a colheita. Segundo a Agência Europeia do Meio Ambiente, a frequência de eventos de precipitação extrema aumentou até 20% na última década, sobrecarregando os solos e favorecendo doenças como a requeima. Esta temporada registrou uma das maiores pressões da doença já vistas, prejudicando o rendimento e a qualidade das safras.
Esses eventos climáticos extremos estão ligados à tendência de mudanças climáticas, que intensificam padrões de chuva erráticos durante fases críticas do plantio e desenvolvimento das lavouras. Como resultado, agricultores enfrentam riscos de inundações, degradação do solo e atrasos na maturação das colheitas, ampliando os custos de produção.
Para mitigar esses impactos, especialistas apontam a necessidade de inovação no setor. Investimentos em sementes mais resistentes, sistemas de alerta climático e práticas agrícolas adaptativas, como manejo eficiente de água, são essenciais para garantir a sustentabilidade do cultivo de batatas nas próximas temporadas. As informações são do portal português Potatoes News.
