Agro

Rota do mel impulsiona preservação ambiental

06 out 2025 às 09:55

Pequenas no tamanho, mas de impacto imenso para a sociedade e o meio ambiente, as abelhas foram lembradas neste 3 de outubro, Dia Nacional da Abelha, com a valorização da Rota do Mel. A iniciativa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) promove geração de renda, inclusão produtiva e conservação ambiental em diversas regiões do Brasil.


Desde 2019, o programa recebeu mais de R$ 13,7 milhões em investimentos, beneficiando 2,3 mil produtores. A produção anual chega a 24,1 mil toneladas de mel e derivados, como própolis, pólen, cera e geleia real. Atualmente, a Rota do Mel está presente em 13 estados, com 14 polos estruturados em 370 municípios, fortalecendo a agricultura familiar e ajudando no combate à pobreza rural.


Integrada às Rotas de Integração Nacional, a iniciativa prioriza áreas de baixa renda, especialmente no semiárido nordestino. O apoio federal ocorre por meio de aquisição de equipamentos, implantação de unidades de beneficiamento, melhoramento genético, novas tecnologias e até o uso de inteligência artificial na cadeia produtiva.


Além da geração de renda, a apicultura é estratégica para a sustentabilidade. As abelhas atuam como bioindicadoras da qualidade ambiental e garantem polinização para culturas como café, soja, frutas e hortaliças. Segundo o secretário nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Daniel Fortunato, a atividade representa um caminho sustentável de inclusão produtiva, fortalecendo a agricultura familiar e a preservação da biodiversidade.


De acordo com o IBGE, a apicultura e a meliponicultura geram mais de 350 mil empregos diretos e indiretos no Brasil. Com a Rota do Mel, produtores ampliam a produtividade e acessam novos mercados, inclusive internacionais. Em 2025, a Coopemapi exportou mais de 40 toneladas de mel para a Europa. “A iniciativa agrega valor ao produto, fortalece a agricultura familiar e contribui para a polinização essencial a diversas culturas agrícolas”, afirma Luciano Fernandes, presidente da cooperativa.


A estratégia das Rotas de Integração Nacional abrange 13 cadeias produtivas, como açaí, cacau, leite, pescado, moda, fruticultura, avicultura caipira e mandioca. O objetivo é gerar emprego, renda e reduzir desigualdades regionais.


Entre os polos estruturados da Rota do Mel, destacam-se os do Norte de Minas (MG), Jandaíra (RN), Pampa Gaúcho (RS), Sertões de Crateús e Inhamuns (CE), Semiárido Piauiense (PI), Semiárido Baiano (BA), Sudeste do Pará (PA) e Caparaó e Sul Capixaba (ES).