Agro

Sulfato de amônio: Pilar da agricultura brasileira

16 dez 2024 às 08:45

Segundo Inácio Linhares, Marine Cargo Surveyor e técnico em agropecuária, o Brasil consolidou-se como o maior importador mundial de sulfato de amônio em 2023, adquirindo mais de 5,1 milhões de toneladas do insumo, um investimento de US$ 1,06 bilhão. Esse fertilizante é essencial para o desenvolvimento agrícola, contribuindo significativamente para a produtividade de diversas culturas e para a sustentabilidade da produção agrícola global.  


O sulfato de amônio destaca-se por sua composição de 21% de nitrogênio (N) e 24% de enxofre (S), nutrientes indispensáveis para a síntese de proteínas nas plantas e o aumento da produtividade de culturas como cana-de-açúcar, milho e trigo. Além disso, sua aplicação contribui para a saúde do solo, corrigindo a alcalinidade e liberando nutrientes importantes como fósforo e zinco.  


Entre os benefícios diretos para os produtores, estão a versatilidade do produto, adequado para diferentes tipos de culturas e solos, e sua eficiência, com enxofre prontamente disponível para absorção. Além disso, o sulfato de amônio promove práticas mais sustentáveis ao reduzir a lixiviação de nitratos e as emissões de gases do efeito estufa, fortalecendo a segurança alimentar em um cenário de crescimento populacional global.  


No panorama do comércio global, a China lidera como maior exportadora, respondendo por 64% do mercado com mais de 10,6 milhões de toneladas exportadas anualmente. O Brasil, impulsionado por sua expansão agrícola, é o principal consumidor, seguido pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A crescente relevância desse insumo reflete sua importância estratégica na segurança alimentar mundial e na sustentabilidade da agricultura.