Segundo relatório do Cenipa (Centro de Investigação de Acidentes da Força Aérea Brasileira), no dia 11 de março deste ano, no aeroporto de Salvador, o mesmo avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, apresentou baixo nível de óleo hidráulico, o que indica problemas no motor, e um contato anormal da aeronave com a pista na hora no pouso.
A Voepass não esclareceu, ainda, que tipo de reparos foram feitos. Apenas informou que o avião estava apto para voar.
A extração de dados da caixa-preta é o que vai revelar se houve alguma pane no avião e também a conversa dentro da cabine no momento da queda.
Os motores e outras peças importantes para a investigação estão guardadas em uma unidade da Força Aérea Brasileira aqui no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo. A análise dos componentes do avião pode esclarecer se havia algum defeito grave o suficiente para contribuir para a queda.
Os investigadores do Cenipa encerraram, nesta segunda-feira (12), os trabalhos no local do acidente. Os destroços que restaram serão retirados pela companhia aérea nos próximos dias. Um relatório preliminar sobre as causas do acidente será divulgado em até 30 dias.
Segundo especialistas, a principal hipótese é que uma formação de gelo fez o avião perder velocidade e sustentação. A queda foi em parafuso. E outros pilotos relataram que havia bastante gelo no espaço aéreo onde houve a queda.
O modelo ATR-72, de fabricação francesa, tem dois mecanismos para combater o gelo: um que aquece partes do avião e outro que quebra o gelo, por meio de uma camada de borracha que infla.
Para acionar esses sistemas, o piloto precisa apertar esses botões que ficam na parte de cima da cabine. Outra orientação em caso de gelo severo é reduzir altitude do avião.