Depois do anúncio da pausa na guerra, de 60 dias, entre Israel e Hezbollah, esta quarta-feira (27) foi marcada pela volta para casa de milhares de libaneses.
Segurando uma bandeira do grupo xiita, uma mulher disse, ao Jornal da Band, que “Deus protegeu a resistência libanesa”. Um homem afirmou que “nasceu de novo” ao poder voltar para a cidade dele.
O cenário pós-guerra ainda é de muita destruição, sobretudo nos vilarejos ao sul de Beirute, capital do Líbano. A região foi a mais atacada por Israel, sob a alegação de que era lá onde operavam os combatentes do Hezbollah.
Já no norte de Israel, onde aconteceram os bombardeios da milícia libanesa, a população olha o cessar-fogo com dúvidas. Em entrevista ao Jornal da Band, um casal, que foi obrigado a sair de casa há mais de um ano, teme que o Hezbollah use o período para se reestruturar e planejar novos ataques.
A comunidade internacional classificou o cessar-fogo no Líbano como uma vitória da diplomacia. Agora, os esforços visam retomar as negociações por uma trégua na Faixa de Gaza, onde a guerra se arrasta há mais de um ano.
Um dirigente do Hamas deixou aberta a possibilidade de um acordo, envolvendo uma troca de prisioneiros palestinos e judeus. Israel mantém os bombardeios contra Gaza, que já deixaram mais de 44 mil mortos no enclave – a maioria classificada como mulheres e crianças.