O Congresso dos Estados Unidos aprova, nesta quarta-feira (19), um projeto de lei bipartidário que obriga o Departamento de Justiça a tornar públicos todos os arquivos do caso Jeffrey Epstein. Epstein foi um financista condenado por crimes sexuais e tráfico de pessoas que mantinha conexões com figuras influentes em todo o mundo.
A aprovação do projeto ocorre após meses de oposição. O presidente dos EUA, Donald Trump, indica que sancionará a lei, que foi aprovada com ampla maioria tanto na Câmara quanto no Senado. Com a sanção presidencial, o Departamento de Justiça terá um prazo de 30 dias para liberar os documentos, popularmente conhecidos como "Epstein files".
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, enfatiza que a legislação exige “total transparência” do presidente. Schumer afirma que os democratas estão prontos para reagir caso percebam qualquer tentativa de obstrução à transparência prometida.
A rápida movimentação no Congresso reflete a crescente demanda pública pela divulgação dos arquivos. O interesse é impulsionado especialmente pelas conexões que Epstein mantinha com líderes globais, políticos e celebridades. Entre as figuras ligadas ao caso estão o presidente Donald Trump, o ex-presidente Bill Clinton e Andrew Mountbatten Windsor, que perdeu seu título real de Príncipe Andrew devido ao escândalo.
Transparência e escândalo internacional
O caso Epstein ganhou repercussão internacional não apenas pelos crimes sexuais cometidos, mas também pela sua extensa rede de contatos na elite global. A expectativa é que a liberação dos "Epstein files" traga à luz detalhes sobre as interações de Epstein com essas figuras e o conhecimento que elas poderiam ter de suas atividades criminosas.
Os documentos devem oferecer uma visão mais clara do escopo da investigação e do porquê o caso foi tratado de forma controversa no passado. A decisão do Congresso é vista como uma vitória da pressão pública e um passo em direção à responsabilização e transparência governamental.
O projeto de lei agora segue para a Casa Branca para a sanção final.
*Com informações do Estadão Conteúdo.