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Diretor do Deic é afastado e segurança pública de SP vive uma das piores crises da história

21 dez 2024 às 09:03

Quarenta e dois dias depois da execução de Vinicius Gritzbach, a segurança pública de São Paulo, vive uma das piores crises da história. 


Nesta sexta-feira (20), o diretor do Departamento de Investigações Criminais, o DEIC, Fabio Pinheiro Lopes, foi afastado preventivamente pelo governador do estado Tarcísio de Freitas.


Fábio Caipira, como é conhecido, soube da notícia através da imprensa. E no início da tarde convocou uma coletiva de imprensa para se explicar.


O diretor do DEIC foi citado na delação de Gritzbach em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, antes de ser executado no aeroporto de Guarulhos.


Vinicius disse que um advogado teria oferecido ajuda para que ele não fosse indiciado num inquérito do DECI que apura lavagem de dinheiro e associação criminosa.


Em troca, o delator do PCC deveria pagar propinas ao delegado Fabio Caipira, ao deputado estadual Antônio de Olim e a um outro deputado, Carlão Pignatari, além de Murilo Roque, delegado em São Bernardo do Campo, e que também foi afastado.


O valor da propina seria de R$ 5 milhões, sendo R$ 800 mil para o pagamento de honorários e R$ 4,2 milhões aos policiais civis e políticos estaduais.


Segundo Gritzbach, o pagamento chegou a ser feito com a entrega de dois apartamentos no Tatuapé, R$ 300 mil em transferência bancaria e o restante dividido em cheques e dinheiro vivo.


Fabio caipira se defende e diz que nunca recebeu qualquer propina e que os apartamentos citados por Vinicius estão em nome do advogado Ramses Costa e da filha Juliana e que quanto ao inquérito do DEIC, Gritzbach foi tratado dentro da lei, com o indiciamento e pedido de prisão encaminhados a justiça, além do bloqueio de bens e do passaporte


O deputado Olim diz que as acusações são mentirosas e que o advogado Ramsés Costa usou os nomes citados para obter vantagens e extorquir Vinicius Gritzabch.