Brasil e mundo

Expansão de facções: CV está presente na maior parte da Amazônia Legal

19 nov 2025 às 17:17

A presença de facções criminosas cresceu e chegou a 45% dos municípios que compõem a Amazônia Legal, indica pesquisa divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.


Nove estados compõem a Amazônia Legal Brasileira: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.


Das 772 cidades, 344 apresentaram alguma evidência da presença de facções. O aumento é de 32% em relação a 2024, quando 260 tinha facções. O Comando Vermelho é o mais presente.


Abin afirma que CV está em todas as disputas de facção no Brasil

Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, apontou que o Brasil tem 3 facções criminosas “nacionais” e que o Comando Vermelho está em todas as disputas de facção no Brasil. 

Segundo a Abin, além do Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital (PCC), originário de São Paulo, e o Terceiro Comando Puro (TCP), do Rio, foram listados como facções com capilaridade na maior parte do território nacional.

Primeiro Comando da Capital 

  • Sofisticação Criminal e Infiltração Estatal

Comando Vermelho 

  • Indutor de Violência e Extorsão (Modelo Miliciano)

Terceiro Comando Puro 

  • Processo de Expansão Nacional
  • Articulação com grupos criminosos nordestinos
  • Reprodução da Lógica de conflito Fluminense para o Brasil

Ainda segundo o relatório, as organizações criminosas estão em transformação do binômio: de armas e drogas para:

  • Diversificação dos Ilícitos
  • Maximização da Exploração
  • Territorial Distorção de Mercado Concorrencial
  • Infiltração no Estado Usurpação de Serviços Públicos Essenciais

De acordo com os informes apresentados ao Congresso, a atuação do PCC se expandiu internacionalmente, estando presente em 28 países e com 2.078 integrantes mapeados fora do Brasil. Essa projeção internacional abriu espaço para o avanço interno do CV, que há dez anos predominava em quatro estados e hoje já atua em 20.

No Congresso, um oficial da Abin afirmou que o crime organizado avança para a "infraestrutura estadual e a ocupação de contratos públicos".