Um homem de 36 anos foi acusado de homicídio culposo na Áustria após sua namorada, de 33, morrer congelada no pico Grossglockner, ponto mais alto do país, a 3.798 metros de altitude.
A mulher era inexperiente e foi deixada "desprotegida, exausta e hipotérmica" perto do cume, disseram promotores ao jornal local "Kronen Zeitung". O caso aconteceu em 19 de janeiro deste ano.
Casal iniciou a excursão ao pico tarde demais e não levava nenhum kit de emergência, segundo o Ministério Público. Apesar do risco, a mulher tentou o trecho final usando uma prancha de snowboard dividida e botas inadequadas. Segundo promotores, o homem, que era um alpinista experiente de Salzburgo, ignorou a falta de preparo da namorada, não voltou antes do anoitecer e não chamou socorro a tempo.
Investigadores analisaram celulares, relógios esportivos, fotos e vídeos da expedição. Segundo o "Kronen Zeitung", o homem permaneceu em silêncio mesmo quando um helicóptero da polícia sobrevoou a área às 22h50 (18h50 no horário de Brasília), pedindo resgate apenas às 3h30 (23h30 no horário de Brasília).
Por volta das 10h (6h no horário de Brasília), quando as equipes de montanhismo chegaram, a mulher já estava morta. O Ministério Público afirma que o homem não a protegeu do frio com cobertores térmicos ou abrigo adequado durante a espera.
O homem vê o caso como "um acidente trágico e fatídico", segundo seu advogado Kurt Jelinek. Se condenado, ele pode pegar até três anos de prisão. O julgamento está marcado para 19 de fevereiro de 2026 no Tribunal Regional de Innsbruck.