Seca extrema
O volume de queimadas no ano passado superou em 79% o tamanho do território incendiado no ano anterior, equivalente a uma área do tamanho da Itália, segundo apurou o MapBiomas. O quadro foi agravado, na avaliação de técnicos do governo federal, pela seca extrema que afetou o país, especialmente na Região Norte.
"Foram dois anos seguidos de seca grave na Amazônia. Isso tem a ver com os efeitos das mudanças climáticas, o El Niño com o aquecimento do Atlântico Norte, seca na Amazônia, a floresta fica mais vulnerável, e aí os incêndios foram de magnitude muito maior", explicou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima.
Redução
Já nos dados de 2025, segundo o secretário, se observa redução de até 70% nos focos de calor da Amazônia, entre janeiro e abril, e queda de mais de 90% dos focos de calor no Pantanal, os dois biomas mais castigados nos últimos anos.
Apesar da situação climática mais favorável, o governo verificou um aumento dos focos de desmatamento tanto na Amazônia quanto no Cerrado no último mês de abril, o que acendeu um alerta para adoção de medidas que possam reverter o cenário, que ainda é de redução dos indicadores, em termos acumulados.