Policiais civis são investigados por uma possível cobrança de propina para não apurar jogos e rifas ilegais promovidas por influenciadores e funkeiros, na internet.
Vida de luxo, relógios caros, joias e viagens. Assim é o dia a dia de um dos nomes mais conhecidos do funk atual. Além do sucesso na música, ele também se destaca nas redes sociais, onde tem mais de oito milhões de seguidores no Instagram.
Nesta quinta-feira (12), o funkeiro foi alvo de uma operação da Polícia Federal, em São Paulo. O MC é suspeito de organizar e promover rifas ilegais em suas plataformas digitais, uma prática proibida pelo Ministério da Fazenda.
Além disso, ele teria pago propina a policiais civis para evitar que investigações sobre o caso seguissem em frente. Na casa do cantor, os agentes apreenderam relógios de luxo, joias e uma corrente com a palavra "magnata", nome de uma das suas músicas.
Segundo as investigações da polícia federal e do ministério público, policiais civis teriam cobrado propina de produtores, empresários e artistas do meio musical. O objetivo era interromper inquéritos que apuravam jogos e rifas ilegais.
Artistas temiam bloqueios em suas redes, além de danos à imagem e à renda, e por isso teriam aceitado fazer parte do esquema de corrupção. Um policial civil de Santo André foi preso, e outro foi alvo de buscas nessa fase da operação.
Na etapa anterior, realizada em março, a polícia investigou duas produtoras musicais suspeitas de lavar dinheiro para o crime organizado. Na ocasião, imóveis e veículos avaliados em mais de R$ 60 milhões foram bloqueados pela justiça.