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Justiça suspende inauguração de templo para Lúcifer em Gravataí

13 ago 2024 às 20:36

O Tribunal de Justiça de Gravataí, no Rio Grande do Sul, acatou o pedido da prefeitura para suspender a inauguração do templo para Lúcifer, que ocorreria nesta terça-feira (13). Segundo a liminara suspensão ocorreu devido à falta de regularização do local, que não teria alvará e nem CNPJ. 


Após repercussão do casos, a prefeitura publicou uma nota nas redes sociais. "Em tutela de urgência, a decisão impede a realização do evento de inauguração bem como determina interdição do local até sua devida regularização administrativa, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. O pedido por parte da Prefeitura se deu pelo fato de o templo não ter alvará de funcionamento, não ter CNPJ constituído e também pela insegurança gerada diante da grande repercussão causada pelo tema". 


O tema causou polêmica nas redes sociais. O espaço que seria inaugurado conta com uma estátua representando a entidade, com mais de 5 metros de altura, construída em cimento. 


Em entrevista ao Uol, fundadores explicaram que a Nova Ordem de Lúcifer na Terra surgiu há cerca de dois anos, dentro da Corrente 72. A Corrente 72 é um grupo de quimbanda independente que se dedica à evolução pessoal e espiritual por meio do trabalho com entidades como Exus e demônios. A ordem foi criada a partir do desejo dos membros de estudar mais profundamente os demônios e questionar o que chamam de uma visão imposta pelo cristianismo. 


Nas redes, os líderes religiosos da Ordem Mestre Lukas de Bará da Rua e Tata Hélio De Astaroth afirmam que o santuário foi financiado exclusivamente pela ordem e que medidas de segurança tiveram de ser tomadas devido às ameaças recebidas em comentários e mensagens enviadas a eles. "Tudo o que está colocado ali é dinheiro próprio, é uma propriedade privada que a nossa ordem adquiriu justamente para o nosso culto. A prefeitura de Gravataí não ajudou com nenhum centavo. Então quem está dizendo que teve dinheiro público, eu gostaria que dissesse e provasse. Vai chegar uma hora que a gente vai começar a se defender e o judiciário nos favorece nisso", explicou Mestre Lukas De Bará da Rua.