Brasil e mundo

Máfia Italiana e PCC: veja os laços entre as facções no tráfico de cocaína

05 set 2025 às 18:57

A cooperação entre a máfia italiana Ndrangheta e o Primeiro Comando da Capital (PCC) ganha novos desdobramentos em operações internacionais. A Polícia Nacional da Espanha prendeu três suspeitos em Ibiza, entre eles um homem com ligações diretas à máfia italiana. Durante a ação, foram apreendidos cerca de R$ 240 mil em espécie, além de joias e relógios. O investigado tinha um mandado de extradição da Espanha para a Itália.


Segundo as autoridades, o elo entre os dois grupos criminosos está no tráfico de cocaína. O PCC recebe a droga de países como Venezuela, Bolívia, Peru e Paraguai e organiza a travessia até a Europa, onde o valor de revenda pode chegar a sete vezes o preço praticado no Brasil.

Operação internacional prende 21 suspeitos na Itália e na Colômbia

Outro alvo das investigações é Giuseppe Palermo, conhecido como “Peppe”. Considerado peça-chave na conexão entre a Ndrangheta e facções da América Latina, ele foi preso em Bogotá, na Colômbia, em operação conjunta da Europol e da polícia britânica. Palermo estava na lista de procurados da Interpol e mantinha parceria com o Clã do Golfo, principal cartel produtor de cocaína na Colômbia.


As autoridades afirmam que “Peppe” coordenava a compra de carregamentos vindos de países como Colômbia, Equador e Peru, enviando a droga para diferentes portos da Europa. A mesma operação resultou na prisão de outras 21 pessoas, a maioria no sul da Itália.

Brasil como rota estratégica para a máfia

O Brasil também aparece como ponto estratégico no esquema. Em 2021, os italianos Vincenzo Pasquino e Rocco Morabito, considerado um dos chefes da Ndrangheta, foram presos em um hotel de luxo em João Pessoa, na Paraíba. Morabito foi extraditado para a Itália em julho de 2022, onde cumpre pena de 30 anos por tráfico internacional.


Pasquino também já foi extraditado e condenado a 14 anos de prisão em seu país. Ele é apontado como intermediário de pelo menos 15 remessas de cocaína enviadas para o porto de Gioia Tauro, na Itália, a partir de países como Brasil, Colômbia, Equador e Panamá. As cargas somavam 1,2 tonelada da droga.


As investigações mostram que a parceria entre a Ndrangheta e facções brasileiras como o PCC e o Comando Vermelho garante aos grupos acesso a parte dos lucros bilionários do tráfico internacional, consolidando o Brasil como um dos principais corredores da cocaína rumo à Europa.


Texto gerado artificialmente e revisado por Band.com.br.