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Manto Tupinambá que estava na Dinamarca retorna ao Brasil após 300 anos

Objeto sagrado do povo Tupinambá, o manto retornou do Museu Nacional da Dinamarca no dia 11 de julho
12 set 2024 às 22:06
Por: Assessoria de Imprensa
- Uol

O manto Tupinambá tem quase 400 anos e estava fora do Brasil desde meados do século XVII. Permaneceu no Museu Nacional da Dinamarca por 335 anos. Desde que chegou ao Brasil, segue em um espaço de guarda, numa sala da Biblioteca Central do Museu Nacional preparada para garantir a sua preservação. O manto não está atualmente em exposição, mas será destaque, em 2026, na reabertura das exposições do Museu Nacional, no Paço de São Cristóvão.


O manto é uma peça com cerca de 1,20 metro de altura, por 80 centímetros de largura. Considerado uma entidade sagrada pelos Tupinambá, é confeccionado (em sua maioria) com penas de guarás, mas também com plumas de papagaios, araras-azuis e amarelas. A peça teria sido levada à Europa por holandeses, por volta do ano de 1644. Foi doada pelo Museu Nacional da Dinamarca que, desde o ano de 1689, detém outras quatro peças como essa.


O retorno do item ao Brasil é resultado da cooperação entre instituições dos dois países, incluindo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Embaixada do Brasil em Copenhague, assim como os respectivos Museus Nacionais e lideranças Tupinambá da Serra do Padeiro e de Olivença (BA). Desde 4 de julho, o manto está acondicionado no Museu brasileiro, sob os cuidados da equipe de restauração da instituição, que proporciona as condições ideais de clima, temperatura e luz para que o manto permaneça intacto para ser visitado por gerações futuras.


ENCONTRO COM O MANTO – Os Tupinambá chegaram ao Museu Nacional no último sábado, 7 de setembro, e estão alojados perto do local que acondiciona o manto, na Biblioteca do Museu. Na última terça-feira (10), a comitiva teve o primeiro acesso ao manto após realizarem rezas e rituais. Na quarta-feira (11), foi a vez de um grupo de anciões Tupinambá ter seu tempo de conexão e de realização de rituais com o manto.


A ida dos Tupinambá ao Rio de Janeiro foi possibilitada por uma articulação e um processo de escuta promovido pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), que visitou Olivença e Serra do Padeiro, na Bahia, para dialogar com os indígenas e aproximá-los do Museu para que tivessem condições de realizar seus rituais e cumprir seus costumes em relação à vestimenta sagrada.

A iniciativa do MPI obedece à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, e exige que os povos indígenas sejam consultados em temas que os afetam.

Com cerca de cinco mil pessoas, os Tupinambá da Bahia foram reconhecidos como povo indígena pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2001.

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