As imagens registradas no Distrito Federal e em outros três estados brasileiros — Bahia, Minas Gerais e Goiás — assustaram moradores. Diante do fenômeno, muitos começaram a especular que poderia se tratar de um meteoro que se desintegrou ao entrar na atmosfera terrestre. Esse tipo de ocorrência é, inclusive, relativamente comum e dá origem ao que popularmente chamamos de “estrelas cadentes”.
No entanto, segundo especialistas, o que apareceu no céu eram, na verdade, fragmentos de lixo espacial. A informação foi confirmada pela BRAMON (sigla em inglês para Brazilian Meteor Observation Network, ou Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), que afirmou nas redes sociais que o fenômeno se tratava de lixo espacial.
A principal evidência apontada é a velocidade de entrada na atmosfera: ela era muito mais baixa do que a de um meteoro, que costuma vir de regiões distantes do espaço e, por isso, entra com velocidades muito maiores. Além disso, a rápida queima do objeto durante a reentrada reforça essa conclusão.
Na manhã desta quinta-feira (15), foi confirmado por diversos pesquisadores e observadores — inclusive pela própria BRAMON — que o registro feito era, na verdade, a queima do segundo estágio de um foguete da SpaceX, empresa aeroespacial de Elon Musk. Trata-se do Falcon 9, que havia realizado uma missão espacial em 2014.
Qualquer objeto feito pelo ser humano que esteja em órbita e não tenha mais utilidade é classificado como lixo espacial — isso inclui desde satélites desativados até peças menores, como parafusos ou ferramentas perdidas por astronautas.