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PEC das Praias: relatada por Flávio Bolsoanaro, tramitação se arrasta desde 2011

05 jun 2024 às 11:10
Por: UOL
- Foto: Roberto Dziura Jr/AEN


A PEC das Praias, como ficou conhecida a proposta que prevê a transferência de terrenos de marinha ocupados, se arrasta em tramitação desde 2011, quando foi apresentada na Câmara



O que aconteceu


Atualmente o texto está em discussão no Senado, sob relatoria de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas deve sofrer alterações. Isso acontece porque houve uma repercussão negativa do debate sobre a "privatização" de praias.


Flávio conversa com interlocutores antes de apresentar parecer que corrige dúvida sobre privatização. A ideia da mudança é deixar claro que as praias brasileiras continuarão públicas. Esse assunto ganhou destaque após a realização de uma audiência pública na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado na semana passada. 


Senador vai aproveitar para sugerir outras duas mudanças sem relação com polêmica. Ainda não há muitos detalhes sobre quais seriam essas alterações, mas a primeira vai tratar sobre a autorização de uso dos terrenos de marinha pelo setor de portos. A outra será sobre a obrigação de compra dos terrenos em até dois anos — o texto atual coloca a obrigação, mas Flávio quer tirá-la.

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Tramitação da PEC das Praias se arrasta desde 2011



A proposta foi apresentada em junho de 2011 na Câmara. Desde então, levou quase quatro anos para ter parecer aprovado na CCJ. Nesse período chegou a ser arquivada, e só voltou ao rito processual em julho de 2015 em uma comissão especial.


Texto ficou parado em audiências públicas por mais de três anos. Ele só foi aprovado pela comissão especial em novembro de 2018. Depois, ficou parado por mais três anos e aprovado pelo plenário da Câmara em fevereiro de 2022, quando foi levado ao Senado.



Os próximos passos


Antes de ser levada ao plenário do Senado, ela precisa passar pela CCJ. Nessa etapa os senadores avaliam a constitucionalidade da proposta. Isso significa que ela não pode ferir alguns pontos específicos da Constituição, chamadas de cláusulas pétreas. Entre esses itens estão o voto direto, secreto, universal e periódico, e os direitos e garantias individuais dos cidadãos, por exemplo.

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