Brasil e mundo

Pior dor do mundo: Santa Casa de Alfenas vai oferecer tratamento a 50 pacientes

17 jul 2024 às 10:05

Após a repercussão do caso de Carolina Arruda, jovem que convive com “a pior dor do mundo”, a Santa Casa de Alfenas, em Minas Gerais, vai oferecer tratamento gratuito a mais 50 pacientes com neuralgia do trigêmeo. O anúncio foi feito nesta semana.


Segundo a instituição, os tratamentos serão feitos em parceria com a Faculdade Sinpain e a Prefeitura Municipal de Alfenas. Para seleção, os pacientes devem enviar os seguintes documentos ao email solidariedade@santacasaalfenas.com.br:


Documento de Identidade


Comprovante de endereço


Cartão do SUS


Comprovação da condição clínica, através de laudo médico e exames recentes


Carta assinada pelo secretário de saúde do município de origem se comprometendo ao fornecimento de transporte, hospedagem e outras despesas não médicas na cidade de Alfenas (MG)


Relatório assinado por assistente social comprovando condição econômica.


Após a seleção de pacientes através da documentação, serão agendadas consultas online dos escolhidos com a equipe médica. Se confirmada a indicação de tratamento, o procedimento será agendado.


“A escolha obedecerá a critérios exclusivamente clínicos e sociais, como idade, tempo de doença, condição clínica geral do paciente, intensidade dos sintomas e vulnerabilidade econômica”, diz a Santa Casa, ressaltando que não serão incluídos pacientes que possuam acesso a saúde suplementar (planos e seguros de saúde).



Novo tratamento



A mineira Caroline Arruda Leite, de 27 anos, declarou nesta segunda-feira (15) que deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Alfenas, onde está internada para realizar tratamentos com o objetivo de reduzir os sintomas da neuralgia do trigêmeo, doença da “pior dor do mundo”. 


“Saí da UTI agora para o quarto, fiquei ao todo cinco dias sedada e nesses cinco dias foi feito uma sonoterapia, para tentar levar o meu cérebro para um stand by e receber o mínimo de estimulação para tirar um pouco daquela dor aguda”, declarou Carolina Arruda em vídeos publicados nas redes sociais. 


"O médico está esperançoso, ele disse que não vai prometer nada, mas está esperançoso e eu também estou esperando ansiosa com esse tratamento. Eu não acredito que estou sem sentir dor, não acredito. Não sei se dá para ver no meu semblante, mas estou aliviada."


O tratamento continuará com uma série de novas etapas, incluindo implante de neuroestimuladores, bomba de morfina, descompressão microvascular e nucleotractomia.